Andressa
Anholete/Agência Senado
Os senadores aprovaram, em votação simbólica nesta
quarta-feira 28, o projeto que promove reajuste de salário para servidores do
Executivo federal. Também há no texto a reestruturação de carreiras, a criação
e a transformação de cargos, além da unificação de gratificações. O PL segue
agora para sanção presidencial.
O relator da matéria, senador Rogério Carvalho (PT-SE)
informou que houve negociação do Ministério da Gestão e da Inovação com
representantes de quase todas as carreiras da administração direta e indireta.
Em seu relatório, o senador Rogério, que rejeitou as 61 emendas, afirma que o
texto aprovado é de interesse público por uniformizar regras de remuneração e
estruturação de carreiras e cargos públicos.
Para ele, as mudanças vão ampliar a
profissionalização do serviço público. O senador lembrou que a maioria dos
servidores não tiveram reajustes entre 2017 e 2022.
Reajustes diferenciados
Os reajustes previstos não são iguais para todas as
categorias, pois, segundo o governo, “foram baseados exclusivamente em um
processo negocial que teve como parâmetros as diretrizes de governo e a
política remuneratória”.
Cargos em comissão (CCE) e funções de confiança
(FCE), de livre nomeação, terão reajustes de 9% para o nível mais baixo (CCE 1
e FCE 1) e de 69% para o nível mais alto (CCE 18 e FCE 18) até 2026 [passando
de R$ 18.887 para R$ 31.919]. Delegados em fim de carreira de ex-territórios
passam dos atuais R$ 33.721 para R$ 41.350 em 2026 (aumento de 24% em dois
anos).
Para aqueles servidores que não obtiveram acordo ou
não houve negociações, o texto aprovado concede reajustes de 9% em 2025 e de 9%
em 2026. Os reajustes válidos desde janeiro deste ano foram pagos
retroativamente a partir de maio.
Subsídios
Servidores de carreiras com subsídios terão
reajuste de 23% em dois anos. É o caso das carreiras de diplomata, auditor do
Banco Central, analista da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
analista ou inspetor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), técnico do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e auditor de Finanças e
Controle (AFC). Em fim de carreira, o subsídio passa dos atuais R$ 29.832 para R$
36.694 em 2026.
Magistério
Professores de instituições federais de ensino em
dedicação exclusiva com doutorado e na posição de titular (topo da carreira)
terão aumento de 17% em dois anos, passando dos atuais R$ 22.377 para R$
26.326.
O projeto propõe a criação de dois novos cargos de
técnico-administrativo (Analista em Educação, de nível superior, e Técnico em
Educação, de nível intermediário) a partir da transformação de cargos
vagos.
Para o primeiro, serão 6.060 cargos e, para o
segundo, 4.040. Ambos terão atribuições abrangentes para adequar a alocação às
necessidades “mais dinâmicas” das universidades. A proposta autoriza a
transformação de cargos, atualmente ocupados por 9.340 cargos de analista e
6.226 de técnico, quando eles ficarem vagos (aposentadoria, demissão, etc.).
Com Agência Câmara
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