"Lealdade se paga com lealdade e gratidão com gratidão"
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Neto Gontran
Rapidinha com UrtigaDoJuruá
Gontran Neto
Jornalista
A Conta vai chegar e o 'cheque' vai voltar
Em nome da reeleição de 2024, o então candidato Zequinha Lima (PP) transformou
seu palanque em um verdadeiro "samba do crioulo doido", abraçando
gregos e troianos, da direita à esquerda. A única cabeça cortada foi a do PT,
servida de bandeja. O problema é que o boleto dessa aliança monstruosa vai
vencer, e o caixa do prefeito não tem fundos para pagar a todos.
Sem cachimbo da paz
E agora, Zequinha? Acomodar todos os atores que pavimentaram sua vitória será
uma missão quase impossível. Todavia, isso não parece tirar o sono do prefeito:
descartar aliados após anos de união, aparentemente, é uma de suas
especialidades. Em sua gestão, a máxima maquiavélica de que "os fins
justificam os meios" é aplicada à risca.
O Café esfriou para os aliados
Quem diria que pesos-pesados como Pedro Longo (PDT) e Zezinho Barbary (PP),
vitais na campanha, seriam jogados para escanteio tão cedo? Para Longo, que
sonha com Brasília, o recado é amargo. O boato que corre à boca pequena é que o
"desconhecido" Fábio Rueda furou a fila. Enquanto os velhos
companheiros esperam na sala de espera, é Rueda quem agora toma o café fresco
na cozinha do poder.
Clima Instável?
Enquanto a natureza mostra sua força com oscilações bruscas, sol escaldante
seguido de chuvas torrenciais, rio enchendo e a buraqueira tomando conta das
ruas, o clima político segue em uma calmaria suspeita. Não há novidades: reina
a paz entre os poderes e seguem a todo vapor as famosas "articulações de
fundo de quintal". Por enquanto, tudo parece estático, mas é apenas a
calmaria que antecede a tempestade eleitoral de 2026.
Rebelião na Direita
Na sala da Polícia Federal, Jair Bolsonaro cumpre seus 27 anos e 3 meses de
pena, e, portanto, não viu Michele Bolsonaro, detonar a aliança do PL com Ciro
Gomes no Ceará e se recusou a aceitar qualquer ato nesse sentido. Ao peitar a
decisão do marido presidiário, Michelle botou foi para rachar a base
conservadora ao meio.
Autoridade questionada
A atitude provocou a ira do clã: os filhos ficaram zangados, vendo a autoridade
do pai ser desafiada de dentro da própria cela. Isso tudo com sete dias de
prisão. Mas, segundo o senador da família, tudo está resolvido, a aliança ainda
não foi formada.
A língua é o chicote do corpo
Em 22 de dezembro de 2017, Flávio Bolsonaro fez uma enquete na sua página no
“twitte”: “Políticos corruptos têm alegado problemas graves de saúde para
saírem da cadeia. Você é a favor de cemitérios ao lado das carceragens da
Polícia Federal para que o Estado gaste menos com o transporte dos corpos? Dos
3.406 votos, 96,1% disseram sim e 3,9% votaram não.
O Mundo Gira
Praticamente oito anos depois, o senador Flávio Bolsonaro mudou radicalmente o
discurso. Com o pai, o presidiário Jair Bolsonaro, cumprindo pena por chefiar
organização criminosa (entre outros crimes), a retórica de "rigor
total" desapareceu. Flávio agora reclama que a cela permanece trancada o
dia todo e que o barulho é insuportável vindo das ruas.
Pimenta nos olhos dos outros é refresco
Diante do desconforto familiar, o senador mudou de lado e agora defende a
prisão domiciliar para o pai. Como diz o velho ditado: "pimenta nos olhos
dos outros é refresco".
Correligionários animados
Apesar dos convites para ser candidata a vice-governadora em 2026, Jéssica
Sales (MDB) vai para a disputa de uma das duas vagas ao Senado. Como essa
decisão pelo MDB já parece definitiva, a ex-deputada federal, que tem seu
reduto eleitoral na região do Juruá, deixou alguns correligionários mais
animados que pinto no lixo, pois o “ranço” de 2024 ainda está bem vivo.
Na política, as relações são bagunçadas
A política não se parece em nada com a mistura
de água e óleo. Na química, essas substâncias não se misturam devido às suas
propriedades. Contudo, na política a coisa é mais “bagunçada”: tem
ex-esquerdista na extrema direita e vice-versa. Nesse caso, os dois
extremos muitas vezes parecem produtos com o prazo de validade vencido.
O "toco" no MDB
Para corroborar meus argumentos: o MDB foi um aliado importante para Gladson
Cameli em 2018. No entanto, os emedebistas foram descartados da gestão. Ainda
assim, destacando a “bagunça”, tudo indica que o MDB se unirá ao PP novamente.
Se vai levar outro "toco", é pagar para ver.
A farsa da “inocente” Carla Zambelli
Carla Zambelli (PL) foi sentenciada a um total de 15 anos de prisão, 10 pelos
ataques hackers ao CNJ e 5 pelo episódio de pistolagem e constrangimento
ilegal. A realidade é clara: trata-se de uma fugitiva, atualmente presa na
Itália, aguardando extradição para o cumprimento da pena.
A cegueira deliberada na CCJ
Apesar da gravidade dos fatos, o relator na CCJ, deputado Diego Garcia
(Republicanos), protagonizou um absurdo jurídico ao votar contra a perda do
mandato. Garcia afirma "não ver provas" para a cassação, ignorando
solenemente tanto as gravações do crime quanto o trânsito em julgado da
sentença.
O poste mijando no cachorro
A votação foi adiada por um pedido de vista, mas o recado foi dado. Ao tentar
manter uma presidiária no cargo, o Congresso inverte a lógica e trata o STF com
desdém. É, literalmente, o poste mijando no cachorro

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