Rio Branco (14/05/25) - Apesar de liminar expedida pela 3ª Vara do Trabalho da Comarca de Rio Branco/AC, a Associação dos Municípios do Acre (AMAC) estaria adotando medidas que violam frontalmente os direitos trabalhistas de seus colaboradores. Segundo denúncias recebidas pela reportagem, a entidade tem atuado para efetivar demissões irregulares, sem o devido processo legal e o pagamento das verbas rescisórias garantidas por lei.
Relatos apontam que os funcionários vêm sendo vítimas de assédio moral, pressão psicológica e perseguições institucionais. Em um ambiente descrito como tóxico e intimidador, gestores estariam orientando outros servidores a adotar comportamentos discriminatórios com colegas previamente marcados como “alvos”, com o objetivo de forçá-los a pedir demissão ou buscar outras oportunidades fora da instituição.
A gravidade dos fatos se intensifica com a chegada à redação de áudios e capturas de tela atribuídos à diretora da AMAC, Marilice, em que fica evidente um padrão de conduta abusiva e de manipulação hierárquica. Em uma das gravações, a diretora determina que um subordinado ande no banco traseiro de um veículo, apenas para causar-lhe desconforto físico. Em outro trecho, declara de forma irônica: “Só tenho cara de boazinha.”
Em outra gravação, a diretora revela de forma explícita uma estratégia de perseguição interna, afirmando:
“Vamos
eliminar a Carol... Cola no Marcus que você cresce... pra tentar derrubar esse
pessoal.”
Marcus, mencionado nos áudios, é o ex-diretor-executivo da AMAC e atual Secretário Municipal de Gestão Administrativa da Prefeitura de Rio Branco/AC. Segundo fontes internas, ele estaria envolvido nas decisões que visam "eliminar" determinados servidores, em uma tentativa de consolidar poder político e instaurar o medo entre os demais funcionários.
Até o fechamento desta edição, a direção da AMAC não se pronunciou sobre as acusações, apesar das tentativas de contato feitas pela equipe de reportagem.
O caso deverá ser formalmente levado ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho, para apuração dos fatos e eventual responsabilização dos envolvidos.
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