Loterias

Carregando resultados da Mega Sena...

Carregando resultados da Quina...

Carregando resultados da Lotofacil

Image1

A Amazônia está sendo devastada pelas organizações e empresas multinacionais. Madeira e minerais são exportados sob um manto invisível de impunidade. Compre agora o livro do Jornalista David Casseb

Moedas

Legislativo cumpre missão sob pressão; Executivo falha no planejamento

 

Urtiga do Juruá  

Recesso ameaçado

Não foi um encerramento de ano simples para a Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul. Os vereadores viram o recesso parlamentar, direito assegurado por lei, ser ameaçado pela necessidade de votar peças orçamentárias fundamentais, por culpa do Executivo.
 
Recesso branco
Pela Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara Municipal, o Legislativo não pode entrar em recesso formal sem a aprovação da Lei de Diretrizes  Orçamentárias (LDO), o que forçaria um "recesso branco".
 
Missão cumprida (com atraso)
Embora o ideal seja que a LDO seja votada ainda no primeiro semestre, a aprovação só ocorreu agora, em dezembro de 2025. Com o dever cumprido, os parlamentares finalmente iniciaram o recesso, tendo aprovado também o Plano Plurianual (PPA) e o Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) neste último mês do ano.
 
A falha do Executivo: Onde está a LOA?
Se por um lado a Câmara limpou a pauta possível, por outro, a gestão municipal deixou a desejar. A Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima as receitas e fixa as despesas para o ano seguinte, deveria ter sido aprovada antes do encerramento do ano legislativo, mas isso não aconteceu.
 
Não tranca o recesso parlamentar
A ausência da LOA em 2025 é um reflexo direto da falta de planejamento ou agilidade do Poder Executivo. Agora, resta esperar que a prefeitura demonstre responsabilidade e envie a matéria para votação em janeiro de 2026. Para que o município não fique paralisado, o Presidente da Câmara deverá convocar uma sessão extraordinária para que esse projeto seja votado. Vale lembrar, que não há mais remuneração adicional para os vereadores.
 
O coração da administração pública
A LDO e a LOA não são meras burocracias; elas são o coração da administração pública. Sem o orçamento aprovado, a manutenção de serviços básicos e o funcionamento da cidade ficam sob risco. É hora de o Executivo tratar o planejamento orçamentário com a seriedade que a população merece.
 
Parlamento Mirim: O Para-choque da Comunidade
O respeito que nutro pelo Legislativo municipal nasce da experiência própria de quem já ocupou uma cadeira naquela Casa. Sei o quanto o parlamentar precisa se desdobrar para honrar seus compromissos, especialmente quando enfrenta um Executivo com dificuldades de interlocução ou que prioriza aliados em detrimento do interesse público.
 
Mais próximo do cidadão
O vereador é o político mais próximo do cidadão; é ele quem ouve as queixas e sente as pressões imediatas. Sem um Executivo parceiro, a missão de legislar e fiscalizar torna-se um desafio diário de superação.
 
2025: Um ano perdido entre o "Pão e Circo" e a falta de gestão
O ano de 2025 chega ao fim deixando um rastro de frustração para quem esperava uma Cruzeiro do Sul mais próspera. Enquanto o marketing oficial tenta pintar o cenário de uma gestão "excelente", a realidade das ruas desmente a propaganda. Para além da política do "pão e circo", onde shows de artistas famosos tentam mascarar a ausência de projetos estruturantes, o município carece de ações que transformem, de fato, a vida da maioria dos cruzeirenses.
 
No básico e no paliativo
A gestão municipal parece ter se acomodado no básico e no paliativo. Cestas básicas e asfalto de qualidade questionável não podem ser vendidos como grandes conquistas; são obrigações, e das mais simples.
 
Pura ilusão
Uma política "grande", como a nossa cidade merece, deveria estar focada na geração de emprego, na criação de renda e em oportunidades reais de crescimento para o povo, não apenas em soluções temporárias para iludir o eleitor.
 
Prioridade invertida
Falta pulso ao Executivo para exigir resultados de sua equipe. O sofrimento dos mais necessitados não se resolve com eventos, mas com serviços públicos eficientes. Um exemplo claro de prioridade invertida está nos gastos públicos: o volume de recursos destinados a viagens e diárias é alarmante (números que trarei em detalhes em uma coluna próxima).
 
O essencial
Se houvesse responsabilidade com o dinheiro do povo, esses valores seriam redirecionados para o que é essencial:
Zeladoria urbana: Limpeza de ruas, operação tapa-buracos e um sistema eficiente de recolhimento de lixo.
Valorização do servidor: É inadmissível que quem faz a máquina pública girar não receba um salário digno que dure até o final do mês.
 
Desenvolvimento real
Cruzeiro do Sul não precisa de espetáculos; precisa de uma gestão que saia do palanque e encare os problemas estruturais da cidade. O tempo da política assistencialista e de curto prazo precisa dar lugar ao tempo do desenvolvimento real.

 

 

 


Site desenvolvido por:
Harlley Rebouças
www.harlley.com.br