Loterias

Carregando resultados da Mega Sena...

Carregando resultados da Quina...

Carregando resultados da Lotofacil

Image1

A Amazônia está sendo devastada pelas organizações e empresas multinacionais. Madeira e minerais são exportados sob um manto invisível de impunidade. Compre agora o livro do Jornalista David Casseb

Moedas

Bastidores das eleições de 2024

 

Rapidinhas com UrtigaDoJuruá

Novembro 08, 2025-11-08

Neto Gontran
Jornalista


Petecão expõe bastidores das eleições 2024

A recente participação do senador Sérgio Petecão (PSD) no Podcast Folha do Juruá, em Cruzeiro do Sul, foi uma entrevista e um desabafo de como o jogo é jogado. Entre muitos assuntos, um em especial abriu e expôs as fraturas da eleição municipal: o rompimento do PSD com o prefeito Zequinha Lima.
 
Uma figura política que jogou bem
Petecão fez questão de lavar as mãos, afirmando que a decisão do partido de não apoiar Zequinha Lima não partiu dele. O senador apontou o dedo para uma "figura política" específica que, segundo ele, "semeava discórdia" dentro do partido. Apesar de não ser um craque, jogou bem, pois saiu vencedor.
 
O pivô da discórdia
O senador foi fundo na acusação, revelando a suposta hipocrisia desse personagem. Petecão relatou que o indivíduo teria dito: "se esse vagabundo desse comunista entrar aí (comitê), eu não entro".
 
E a ironia
A grande ironia, destacada pelo senador, é que este mesmo cidadão, autor da frase de forte cunho ideológico, hoje "faz parte da equipe do prefeito reeleito". Pior: "Foi o primeiro a pular para o lado do Zequinha", disparou.
 
O "jogo pesado" de Zequinha
Apesar de chamar Zequinha Lima de "amigo" pessoal, Petecão não poupou o prefeito. Ele afirmou que Zequinha "jogou pesado" e deixou "mágoa" na disputa de 2024. O motivo teria sido a falta de apoio aos pré-candidatos ao parlamento mirim do PSD, atitude que, na visão do senador, "emburrou de vez o PSD para o colo da Jéssica Sales".
  
Modus operandi do poder
Embora Petecão não tenha dado nome aos bois, a pergunta que ecoa nos bastidores não é tanto "quem é" o personagem, pois as raposas políticas locais já decifraram a charada. A verdadeira questão é o que essa movimentação revela sobre o modus operandi do poder.
 
A cura milagrosa da "garantia"
A fala do senador expõe um teatro onde o discurso ideológico (como o xingamento de "comunista vagabundo") é meramente uma ferramenta de negociação, e não uma convicção. A "ferida aberta" entre o tal personagem e a gestão, pelo visto, era superficial e foi rapidamente curada. Resta saber qual foi a "garantia" oferecida, pois fica claro que, no pragmatismo político local, não há incoerência que um bom cargo não cure.
 
Trânsito municipalizado: O fracasso que mata em Cruzeiro do Sul
Os acidentes e mortes no trânsito de Cruzeiro do Sul deixaram de ser incidentes isolados para se tornarem uma estatística horripilante e constante. É muito conveniente para o poder público culpar exclusivamente a "imprudência" dos motoristas e pedestres.
 
A falha administrativa
Contudo, essa é uma meia-verdade que serve apenas para mascarar a falha administrativa. A gritante deficiência de políticas públicas urgentes para o setor torna o Executivo municipal corresponsável direto por cada tragédia.
 
A farsa da municipalização
A pergunta que não cala é: após a tão alardeada municipalização do trânsito, qual foi a melhora real para a população? Basta circular pela cidade para constatar o caos. A realidade é um inventário de perigos: buracos que servem como armadilhas, sinalização precária ou inexistente, ruas estreitas forçadas a operar em mão dupla, caminhões pesados descarregando atrapalhando o trânsito e carretas circulando livremente em horários de pico, mato alto obstruindo a visão em cruzamentos.
 
Direto da omissão
Tudo isso não é fatalidade; é o resultado direto da omissão. São componentes que transformam o ato de dirigir ou caminhar em uma roleta-russa diária.
 
Devolvam ou resolvam
A Prefeitura é eficiente em arrecadar com multas, mas falha miseravelmente em reverter esse dinheiro em segurança. Se a gestão atual não tem a competência mínima para administrar o trânsito, que admita o fracasso e devolva a responsabilidade para o Estado. O que não pode continuar é essa política de inércia. Pois, dinheiro tem!
 

 


Site desenvolvido por:
Harlley Rebouças
www.harlley.com.br