Loterias

Carregando resultados da Mega Sena...

Carregando resultados da Quina...

Carregando resultados da Lotofacil

Image1

A Amazônia está sendo devastada pelas organizações e empresas multinacionais. Madeira e minerais são exportados sob um manto invisível de impunidade. Compre agora o livro do Jornalista David Casseb

Moedas

A superficialidade política do senador Jorge Seif: um retrato do oportunismo

 


A recente fala do senador Jorge Seif (PL-SC) no plenário do Senado, ao se referir de forma depreciativa à deputada estadual Ana Campagnolo como “uma professora que não era nada até ontem”, ultrapassou os limites da crítica política e escancarou um desprezo preocupante pela educação e por seus profissionais. Ao usar a profissão de professora como sinônimo de irrelevância, Seif não apenas atacou uma colega de partido, mas desrespeitou uma categoria inteira que sustenta os pilares da sociedade.

A reação nas redes sociais foi imediata e contundente. Professores, educadores e cidadãos indignados denunciaram o tom preconceituoso da fala, que reforça uma visão elitista e retrógrada sobre o papel da educação. A tentativa de desqualificar uma parlamentar por sua origem profissional revela mais sobre a pobreza de espírito do senador do que sobre a trajetória da deputada.

Mas quem é Jorge Seif para desmerecer alguém por ser professor? Oriundo do Rio de Janeiro, Seif chegou a Santa Catarina sem qualquer vínculo com o Estado, sem serviços prestados à população catarinense, e foi alçado ao Senado exclusivamente pela força da imagem de Jair Bolsonaro. Um típico “candidato selfie”, que jamais apresentou luz própria, propostas concretas ou compromisso real com os interesses locais. Sua eleição foi fruto de um marketing político oportunista, não de mérito ou representatividade.

Desde que assumiu o cargo, Jorge Seif não teve aprovada nenhuma proposta relevante para Santa Catarina. Sua atuação parlamentar é marcada pela ausência de projetos significativos e pela dependência constante da imagem de Bolsonaro. Ao lado do governador Jorginho Mello, tem contribuído para apequenar o Estado, como se aqui não houvesse lideranças competentes e comprometidas com o bem público.

A situação se agrava com a tentativa de transformar Santa Catarina em um reduto de bolsonaristas forasteiros. Após a eleição de Jair Renan, filho de Bolsonaro, como vereador em Balneário Camboriú — um jovem sem vínculo com a cidade, sem preparo e com domínio precário da língua portuguesa —, agora Seif e Jorginho articulam a candidatura ao Senado de Carlos Bolsonaro, outro carioca sem raízes no Estado. Essa estratégia revela um projeto político que despreza a identidade catarinense e aposta na importação de figuras públicas que usam o sobrenome Bolsonaro como capital eleitoral.

A fala de Seif sobre Campagnolo é apenas mais um sintoma de sua postura arrogante e descolada da realidade. Ao atacar uma professora, ele expõe sua ignorância sobre o valor da educação e sua incapacidade de reconhecer o mérito de quem constrói sua trajetória com trabalho e dedicação. Em vez de desmerecer educadores, o senador deveria se envergonhar por nada fazer pela categoria — que, aliás, deveria receber salários superiores aos de parlamentares relapsos como ele.

Jorge Seif representa o que há de mais superficial e oportunista na política brasileira: um personagem que, sem competência para se destacar na vida privada, encontrou na política um palco para encenar sua vaidade. Sua presença no Senado é um desserviço à democracia e uma afronta à inteligência dos catarinenses.

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 


Site desenvolvido por:
Harlley Rebouças
www.harlley.com.br