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A Saúde no Acre: Gestão de Gabinete e a Espera de Quem Sofre

 

Imagem gerada através de IA


Rapidinhas com UrtigaDoJuruá

Neto Gontran

Jornalista

 Um ano de muita dor

A Saúde no Acre vive um 2025 trágico, com eventos que deixaram a população ao mesmo tempo revoltada e de luto. Mais do que uma falha setorial, a falta de um olhar profundo e de soluções plausíveis pela gestão da Secretaria de Estado foi o que expôs as fragilidades centrais do governo.
 
Fatos alarmantes
Maio de 2025: Na maternidade de Cruzeiro do Sul, uma mãe e seu bebê morreram após o parto. A mãe teria sofrido com dores por cinco dias antes do procedimento. A família alegou negligência, e o Ministério Público (MP) está investigando.
 
Maio de 2025: Um adolescente de Feijó faleceu em Cruzeiro do Sul. Ele estava internado com um ferimento na perna, supostamente causado por uma queda de bicicleta.
 
Junho de 2025: Na Maternidade do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, uma recém-nascida sofreu queimaduras graves durante o banho. A família alega negligência, e o caso também está no MP.
 
Outubro de 2025: Outro caso abalou o Estado. Um recém-nascido foi dado como natimorto e, por muito pouco, não foi enterrado vivo. A família alega negligência, e o MP também investiga o caso. Infelizmente, a criança não resistiu a tanto sofrimento.
 
Distanciamento dos gestores
A gestão da saúde pública no Acre nessa gestão parece sofrer de um efeito irreparável, o distanciamento. Observa-se que os gestores permanecem entrincheirados em seus gabinetes, longe da realidade, sem buscar soluções efetivas para os problemas que a população enfrenta na ponta.
 
Competência e planejamento
Resolver os desafios do setor exige competência e um plano abrangente que contemple todo o Estado e, principalmente, gere resultados concretos. A realidade dos municípios do Juruá e as experiências vividas pela população realçam que essas medidas ainda não foram alcançadas e o desânimo se torna cruel.
 
Vamos falar das cirurgias eletivas
O ponto mais crítico talvez seja o das cirurgias eletivas. Alguns gestores parecem levar o conceito de "programado e não urgente" literalmente, esquecendo-se da dor de quem espera. Em Cruzeiro do Sul, que atende toda regional, cria-se um apartheid na saúde, quem tem condições procura atendimento particular, paga por suas cirurgias e nem sequer lembra se existe fila, mas quem depende do poder público só resta conviver com o sofrimento.
 
Políticas públicas fragmentadas
O Hospital do Juruá e a Maternidade da Mulher da Criança, em Cruzeiro do Sul, acumulam filas intermináveis. O resultado é um ciclo vicioso, a carga de procedimentos urgentes recai sobre os profissionais, que se veem sobrecarregados e sem tempo para conseguir diminuir a fila das eletivas.
 
O Descaso no TFD e a Solução Ignorada
Outro sintoma alarmante da gestão é o descaso com a demanda reprimida do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) em Cruzeiro do Sul. A Secretaria de Saúde do Estado comete um erro grave se pensa que vai resolver esse problema sem uma ação que gere resultados imediatos.
 
FILAS INVESIVEIS
A fila de espera cresce diariamente, e há pessoas que podem perecer antes mesmo de conseguir viajar. A maneira mais viável, humana e eficiente de diminuir essas filas invisíveis do TFD é óbvia, trazer os especialistas para atender em Cruzeiro do Sul.
 
Especialidade presente no local
Essa política pública já provou seu valor. Basta observar o exemplo do neurologista, Dr. Renato Fonseca, pois os atendimentos na sua especialidade estão em dia e a fila deixou de existir. O motivo desse sucesso? A constância. O profissional cumpre essa agenda na região há quase 10 anos.
 
Desgoverno no topo, sofrimento na base
A absurda decisão de limitar a presença desses profissionais mergulhou o TFD no caos atual. Não se trata de um 'efeito colateral', mas do resultado direto da má gestão. A vinda de especialistas, em todas as áreas que geram demandas, não é um favor, é uma obrigação. É a medida fundamental para salvar vidas e, ironicamente, reduzir custos para o próprio Estado.

 

 


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