Rio Juruá >> de Cruzeiro do Sul a Marechal Thaumaturgo e Cidade do Breu (Tipisca)-Peru - de 07 a 11 de Janeiro de 2025

 O propósito de Raimundo Carlos de Lima (Dindola)

Quando eu, Dindola, tinha por volta de 12 anos de idade, fui à então Vila Humaitá (à margem esquerda do rio Juruá, a montante de Cruzeiro do Sul), onde ainda residiam (com as respectivas famílias, nomes que lembro) irmãos de meu pai, Possidônio Rodrigues Lima (Vicente; Cecília); e de minha mãe, Raimunda Carlos de Lima (Sebastião, Raimundo, Thereza, Otília, Rita, Maria da Conceição).

Após vários anos, veio-me a ideia de retornar àquela vila, que já tinha recebido a denominação de Vila Porto Walter, nome que recebera em homenagem a um antigo morador, Walter de Carvalho. E a partir de 1992, com a elevação da Vila à categoria de Município de Porto Walter, ano em que eu completaria 40 anos de idade, intensificou-se o desejo de voltar a Porto Walter, e mais, ir além, mais acima no rio Juruá, até chegar pela primeira vez em Marechal Thaumaturgo (que também fica à margem esquerda do rio Juruá e tem à sua frente o afluente deste, o rio Amônea), que também fora elevada de Vila à categoria de município no mesmo ano de 1992.

E, depois, ampliou-se o desejo de ir mais a montante, no mesmo rio Juruá, chegando à famosa Foz do rio Breu (afluente da margem direita do rio Juruá), onde está fixada (em seu meio) a fronteira Brasil[1]Peru e tem uma Vila (Comunidade Brasileira), com o marco divisório em terra firme, no alto barranco (lado direito do rio Breu), na vila brasileira. Isso tudo já faria o meu propósito realizado. Mas quando eu elaborava o livro de História da cidade-sede do Alto Juruá (Cruzeiro do Sul-Acre), que veio a ser lançado em janeiro de 2016, eu soube, por informação da Senhora Rosa Alves da Silva, brasileira que morou no Peru e voltou a residir em Marechal Thaumaturgo, que havia, bem acima da fronteira, uma comunidade peruana, na localidade conhecida pelos brasileiros como Tipisca, que formava a comunidade peruana mais próxima do Brasil no Alto Juruá. Então, fazer uma viagem, subindo o rio Juruá até a Foz do Breu, com a intenção de chegar até Tipisca passou a ser um objetivo, sem data prevista para sua realização, mas jamais esquecido.

Assim, ficou mantida a intenção de concretizar esse intento. E, após o lançamento do livro (que contém informações sobre a Foz do rio Amônea, a Foz do rio Breu e a famosa Batalha do Amônea), realizar essa viagem passou a ser um objetivo a ser alcançado assim que houvesse uma oportunidade em uma de minhas visitas anuais a Cruzeiro do Sul, que em regra ocorrem entre os meses de dezembro e janeiro de todos os anos.

A concretização da Viagem Aproveitando o convite do jovem cruzeirense Matheus Chaves Barroso, que viaja todos os anos para Marechal Thaumaturgo (em regra por via aérea) e outras cidades próximas, realizando venda de produtos Ipiranga para os comércios locais, passei a programar a viagem para um momento possível, por via fluvial. E, finalmente, no dia 7 de janeiro de 2025 começou a se concretizar o sonho. A partida, do porto de Cruzeiro do Sul, minha terra natal, a maior cidade da Mesorregião do Vale do Juruá acreano e a segunda maior do Estado do Acre, com 98.382 habitantes (IBGE, estimativa 2024), ocorreu numa lancha com 28 passageiros, incluindo pais com crianças.

A lancha, com velocidade de 50 km/hora, dispunha de internet, permitindo a transmissão de mensagens e fotos instantaneamente para a família e alguns amigos interessados, como ocorreu de Cruzeiro do Sul até Marechal Thaumaturgo, esta 2 com 17.951 habitantes (IBGE, estimativa 2024), cidade cuja área geográfica faz fronteira com o Peru, embora sua zona urbana fique a alguns quilômetros da comunidade peruana mais próxima (Cidade do Breu) conhecida no Alto Juruá apenas como TIPISCA, com acesso pelo glorioso rio Juruá, pelo qual é banhada e fica em sua margem esquerda. Adiante trataremos melhor dessa interessante localidade de nosso vizinho Peru.

O trajeto da viagem - pelo rio Juruá – se fez com passagem pelas cidades de Rodrigues Alves (margem esquerda do rio Juruá), com 15.537 habitantes (IBGE, estimativa 2024), a mais próxima, sem parada; e pela segunda cidade, Porto Walter, com 11.275 habitantes (IBGE, estimativa 2024), fazendo-se a primeira parada, de cerca de 20 minutos, onde aportamos por volta das 10:50, com tempo para lanche ou almoço e abastecimento, tudo isso sem se afastar da margem do rio. A parada final, para hospedagem, como já dito, foi em Marechal Thaumaturgo, cidade cujo nome homenageia o então Coronel engenheiro do Exército Brasileiro, Gregório Thaumaturgo de Azevedo, o fundador de Cruzeiro do Sul em 1904. TRAJETO DA

VIAGEM DO DINDOLA AO ALTO JURUÁ (Demonstração no Mapa, de jusante para montante: subindo o rio Juruá a partir de Cruzeiro do Sul

I                      magem-mapa: Screenshot (GoogleEarth)-Acesso: Matheus Barroso

A parada final, para hospedagem, como já dito, foi em Marechal Thaumaturgo, cidade cujo nome homenageia o então Coronel engenheiro do Exército Brasileiro, Gregório Thaumaturgo de Azevedo, o fundador de Cruzeiro do Sul em 1904.

Chegada a Marechal Thaumaturgo

Chegamos à cidade-sede da viagem, por volta das 14:20 do mesmo dia 07.01.2025, para hospedagem, estadia principal e conhecimento da cidade. Desta sairíamos, no dia 10.01.25, para conhecer, o afluente deste, o rio Amônea), com o exímio e eficiente comandante e proprietário da lancha, o jovem senhor José Carlos, conhecido na Cidade de Marechal Thaumaturgo, por grande parte da população local apenas como Andrade.

Nova Etapa da Viagem

A finalidade principal de subir o rio Juruá a partir da Cidade de Marechal Thaumaturgo era chegar à famosa FOZ DO RIO BREU, afluente da margem direita do rio Juruá, onde está definida.

Viagem completa e fotos no link abaixo:

A VIAGEM DE RAIMUNDO CARLOS AO ALTO JURUÁ – redação final (PDF).2 (1)