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Moedas

Carona de luxo? Prefeitura adere a ata de R$ 23 milhões de Minas Gerais e esvazia empresas locais

 

Rapidinhas com UrtigaDoJuruá


Neto Gontran 20, 3025

 
O silêncio da gestão
Buscando prezar pelo contraditório e pelo bom jornalismo, tentei contato direto com o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Obras de Cruzeiro do Sul, Carlos Alves. O objetivo era simples: obter explicações técnicas sobre a contratação de uma empresa terceirizada para assumir serviços essenciais da pasta.
 
Fui deixado sem resposta
Infelizmente, a tentativa foi infrutífera, repetindo um padrão de silêncio comum na atual administração. O secretário chegou a responder e solicitou que eu entrasse em contato com o Secretário Adjunto, Josinaldo Batista Ferreira; porém, fiquei novamente no vácuo. O espaço, contudo, permanece aberto.
 
Adeus, licitação própria?
Na coluna da última quarta-feira (19), antecipei — com base em fontes seguras — a movimentação para terceirizar serviços que são a razão de existir da Secretaria de Obras. O alerta feito foi claro: caminha-se para transformar o órgão em uma estrutura obsoleta, um verdadeiro "elefante branco", levantando sérias dúvidas sobre a competitividade e a Lei de Licitações.
 
O que diz o Portal da Transparência? 
Aprofundando a apuração no Portal da Transparência para levar a verdade à população cruzeirense, os dados confirmam a operação. Não se trata de uma licitação local, mas de uma "carona" (adesão) em uma Ata de Registro de Preços de um consórcio de outro estado.

Os detalhes chamam a atenção pelo vulto financeiro e pela origem da contratação:

Origem: A "carona" vem do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Centro-Oeste Mineiro (CIAS Centro-Oeste), sediado em Antônio Monte (MG).
Beneficiária: A empresa detentora da ata é a Alicerce Construções e Serviços Ltda.
Objeto: Prestação de apoio para manutenção de vias e limpeza urbana em Cruzeiro do Sul.
Valor Global: Impressionantes R$ 23.443.823,68.
Vigência: Adesão realizada em 19/09/2025, com validade da ata até 11/03/2026.
 
Legalidade 
Embora a adesão a Atas de Registro de Preços (a famosa "carona") seja um instrumento legal, sua aplicação neste caso merece uma análise crítica profunda sob a ótica da gestão pública e do desenvolvimento local.

Contrato externo
Ao buscar uma solução pronta em Minas Gerais, a gestão municipal pratica uma desvalorização inaceitável da economia local. São mais de R$ 23 milhões que poderiam circular entre empresas e trabalhadores da nossa região, gerando emprego e renda aqui, mas que agora estão atrelados a um contrato externo.

Carona de luxo
Além do impacto econômico, essa "carona de luxo" soa como um atestado de incapacidade de planejamento. Se a Secretaria de Obras precisa terceirizar sua atividade-fim de forma tão brusca e volumosa, questiona-se a competência da pasta em gerir seus próprios recursos e maquinários. 

Difícil de explicar
É legal? Sim. Mas é moralmente defensável enfraquecer o empresariado local e esvaziar as funções da secretaria? A população merece uma resposta plausível sobre essa escolha absurda.


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