CPMI do INSS começa a mostrar resultado; diz Viana
A decisão do Supremo Tribunal Federal de manter as prisões
preventivas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,
e do empresário Maurício Camisotti foi comemorada pelos membros e o presidente
da CPMI do INSS. Para Carlos Viana, a medida mostra que a comissão começa
a apresentar resultados concretos no combate às fraudes contra aposentados e
pensionistas. Após a CPMI aprovar pedidos de prisão, a Polícia Federal
prendeu os dois investigados no dia 12 de setembro, por ordem do ministro
do STF André Mendonça. Na avaliação do senador, a manutenção das prisões
reforça o impacto da CPMI.
Segundo as investigações,
o “Careca do INSS” movimentou R$ 24,5 milhões em apenas cinco meses, com
suspeita de repasses a servidores do INSS para facilitar descontos fraudulentos
em aposentadorias.
Em uma das
operações, ele teria transferido R$ 7,5 milhões para empresas ligadas a mulher
de ex-procurador do órgão. A Polícia Federal aponta que empresas controladas
por Antunes funcionavam como intermediárias financeiras das associações
investigadas. Já o empresário Maurício Camisotti, também preso por ordem
do ministro André Mendonça, é apontado como sócio oculto de uma entidade e
beneficiário direto das fraudes. O senador Carlos Viana lembrou que a
atuação da comissão foi decisiva para o avanço das apurações.