"Onde houver um ditador, lá estará Lula"
A maldade seletiva é própria da índole
humana e se compreende. Agora, há muita gente que só vê virtude no seu meio de
relacionamento social e político e desanda a ofender a honra de demais pessoas.
A estes, vale lembrar um velho adágio popular que diz: "tem macaco que não
olha para seu próprio rabo".
Caros, que parcela de brasileiros não
goste do presidente Lula é um direito racional e democrático que se deve
respeitar.
Mas o presidente Lula não foi eleito de
forma ditatorial. Ele foi eleito democraticamente por eleições livres, limpas e
fiscalizadas por organismos internacionais, pelo Tribunal Superior Eleitoral,
pelo próprio partido do ex-presidente Bolsonaro e por seus correligionários.
Quanto às supostas virtudes do
ex-presidente Bolsonaro, cabe aqui alguns comentários. Mesmo com uma eleição
presidencial realizada de forma impecável sob os aspectos legais, o
ex-presidente Bolsonaro - conhecido pelo epíteto de “cavalão”, desde o tempo de
caserna, por sua arrogância e rebeldia - continua a contestar o resultado das
urnas eletrônicas, sem apresentar prova de sua vulnerabilidade.
Na verdade, o ex-presidente continua a
não se conformar com a derrota sofrida para Lula, a quem sempre tachou de
ex-presidiário. Só que agora o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Aqui se
faz, aqui se paga.
Pois bem, causa indignação assistir-se,
no Brasil, ao surgimento de uma súcia de ditadores tupiniquins, traidores da
pátria, vendilhões da República, batendo continência à bandeira americana,
usando chapéu com as cores dos EUA e dando apoio ao tarifaço absurdo, ameaçado
por Donald Trump para prejudicar a nossa economia.
E tudo isso provocado pelo deputado
fujão, covarde e traidor da pátria, Eduardo "bananinha" Bolsonaro, um
lesa-pátria, vira-lata ordinário que só teve coragem de latir contra o país em
solo americano.
A chantagem de Donald Trump, que
condiciona a taxação ao afrouxamento do nosso Judiciário em relação à provável
condenação do golpista Jair Bolsonaro, é uma intromissão inaceitável e jamais
vista de um governo estrangeiro nos assuntos internos de outra nação. Mas, aos
traidores da pátria de plantão e eleitores Donald Trump, a soberania brasileira
é inegociável!
Aviso: não tenho partido nem político
de estimação. E aos idiotas que julgam ser petista quem censura Jair Bolsonaro,
digo-lhes que sou brasileiro acima de tudo e que me revolta ver indivíduos
nacionais mequetrefes se indispondo contra o Brasil.
É muito simples para os impatriotas,
insatisfeitos com o país: basta arrumarem as malas e partirem de vez para os
states. E não reclamem depois ao sentirem arrependimento e saudade!
Mas quem conhece realmente - além de
ter sido presidente do Brasil - Jair Bolsonaro, réu no STF, que pode ser
condenado a até 43 anos pela 1ª. Turma da Corte?
Vamos lá: para conhecer um pouco da
história do ex-capitão, ex-parlamentar, ex-presidente da República, oriundo do
baixo clero da política carioca e que, em quase trinta anos de mandato, não
teve aprovado nenhum projeto importante, faça uma breve pausa, deguste uma boa
taça de vinho ou copo de cerveja, de refrigerante, acompanhado de alguns
petiscos e se prepare para ler alguns fatos pitorescos da trajetória polêmica
dessa figura “impoluta” que continua a azucrinar a nação.
Trata-se de um ex-presidente, com
comportamento antidemocrático e golpista, que incitou os seus aloprados seguidores
a conflagrarem a nação, com apoio das Forças Armadas. Mas a instituição
Exército Brasileiro, que é patrimônio de todos os brasileiros, não embarcou na
insensatez do ex-presidente, e, assim, o sonhado golpe de Bolsonaro não se
concretizou.
Veja, principalmente aos lerdaços
soldadinhos de chumbo de Bolsonaro, o que disse, em 3 de junho de 2021, o
general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz ao se reportar à ingerência
de Bolsonaro para absolver o general Eduardo Pazzuello de participação em atos
políticos:
“Houve um ataque frontal à disciplina e
à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento
coerente com a conduta do Presidente da República e com seu projeto pessoal de
poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições. Falta de
respeito pessoal, funcional e institucional. Desrespeito ao Exército, ao povo e
ao Brasil. Frequentemente, com sua conduta pessoal, ele procura desrespeitar,
desmoralizar e enfraquecer as instituições. Não se pode aceitar a SUBVERSÃO da
ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu
prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos. À
irresponsabilidade e à demagogia de dizer que esse é o 'meu exército', eu só
posso dizer que o 'seu exército' NÃO É O EXÉRCITO BRASILEIRO. Este é de todos
os brasileiros. É da nação brasileira."
Então, para os soldadinhos de Bolsonaro
ampliarem o conhecimento da vida pregressa de seu "mito", leiam o
livro "O Cadete e o Capitão", de autoria do jornalista Luiz Maklouf,
ou assista à entrevista do autor com o jornalista Bial
(https://globoplay.globo.com/v/7928247/).
A nova presidente do Superior Tribuna
Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, afirmou, em 12 de março de 2025, que o
ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser julgado pela Justiça Militar e perder sua
patente de capitão de reserva do Exército. Essa possibilidade depende da
investigação sobre os atos golpistas, e de um pronunciamento do Ministério
Público Militar (MPM), que analisará se o ex-presidente cometeu crimes
militares, além dos crimes comuns (golpe de Estado e tentativa de abolição
violenta do Estado Democrático de Direito), que serão julgados pelo STF.
Bolsonaro é um desnaturado indivíduo
que teve uma atuação desumana durante a pandemia da Covid-19, na qual ele
recomendava cloroquina em vez de vacina como medicação, sem olvidar que as
pessoas também faleciam por falta de oxigênio.
Como é de seu feitio e de forma
sarcástica, Bolsonaro ironizava que não era coveiro para enterrar as vítimas da
pandemia. Que espírito atrasado e cruel formam o caráter perverso e debochado
de quem hoje implora por orações para não sentir a solidão e ausência familiar
no xilindró.
Em plena pandemia, enquanto as pessoas
agonizavam devido à doença, Bolsonaro e sua patota esquiavam no mar de Santa
Catarina, com total desprezo e desrespeito ao momento de dor que o país
passava.
Bolsonaro sempre chamou Lula de ladrão.
Mas Lula, reagindo ao ataque, diz que Bolsonaro deveria explicar como a
"família juntou R$ 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51
imóveis".
Pois bem, Bolsonaro insiste em chamar
Lula de corrupto. Mas é corrupto (ladrão) quem se apropria de joias das
arábias; acumula fortuna só vivendo praticamente de política; adquire muitos
imóveis, segundo noticiário, com suspeita de dinheiro proveniente de esquema de
rachadinha; colocou todos os seus filhos e ex-mulheres na política, inclusive a
atual mulher, Michelle, está no PL, abiscoitando um excelente cabide de emprego
remunerado; omitia que, no RJ, o seu filho, senador Flávio Bolsonaro, possuía
loja de chocolates para lavar, segundo denúncia, o dinheiro recebido de
rachadinha, etc.
Portanto, que moral tem o ex-presidente
para se considerar uma pessoa íntegra, zelosa com a coisa pública, se ele e
Michelle Bolsonaro descolam do erário um montante salarial mensal da ordem de
R$ 142 mil?
Bolsonaro é um vírus que precisa ser
isolado para não continuar contaminando a nação. Mas o que nos surpreende é
saber que existem obscurantistas que idolatram um psicopata perigoso que deveria
estar internado no manicômio.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC