Mesmo com bancadas divididas em torno do tema, o Plenário do Senado deverá votar nesta quarta feira 25, o projeto de lei complementar que amplia o número de deputados federais. A proposta já foi aprovada na Câmara e atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de atualizar o número de parlamentares, de acordo com o último censo do IBGE.


O prazo concedido pelo STF acaba em 30 de junho, por isso o Congresso tenta acelerar a análise. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a inclusão desse item na pauta do Plenário do Senado atende a um pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta.


O PLC cria 18 novas vagas.  Para os estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte (mais 2 deputados cada);

Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná (mais 1 deputado cada); e

Pará e Santa Catarina (mais 4 deputados cada)

Hoje, a Câmara dos Deputados tem 513 deputados. Com a proposta serão 531.


Diversos senadores, entre eles o senador Márcio Bittar, no entanto, anunciaram voto contrário ao projeto alegando aumento de despesas. Bittar argumentou que a proposta é um contrassenso em meio à reação do próprio Congresso Nacional contra a elevação da carga tributária anunciada recentemente.


“Eu fui o primeiro senador da República a me posicionar na tribuna do Senado contra esse aumento, por dois motivos: O primeiro, porque o consumidor sabe como está a carestia; e o outro, como sou senador pelo Acre, na Amazônia,  eu não posso concordar com uma matéria que, além de aumentar custos para o Brasil vai diminuir, proporcionalmente,  o peso da bancada do Acre” – disse Bittar..


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que o orçamento da Câmara dos Deputados já incluiu as despesas com os novos parlamentares, que só serão eleitos em 2026 para assumirem o mandato no ano seguinte.