Ironia política em Cruzeiro do Sul
jornalista
A IRONIA POLÍTICA EM CRUZEIRO DO SUL: O PREFEITO DIANTE DE SEU PRÓPRIO
PASSADO
Hoje, a história parece se repetir, mas com papéis invertidos. Servidores da
educação ocupam o mesmo espaço, reivindicando melhores salários, e o ex-líder
de protestos, agora prefeito, parece enfrentar dificuldades para solucionar uma
pauta que ele mesmo, no passado, defendia com veemência. Eu mesmo estive
ao seu lado à época como parlamentar mirim.
É inegável a legitimidade da greve. A luta dos trabalhadores é justa, e
a omissão diante de prejuízos causados pelo poder público nunca deve ser uma
opção. A consequência imediata da paralisação é o cancelamento das aulas, mas
a causa fundamental é a busca por valorização. E o atual prefeito,
por seu histórico, sabe disso melhor do que ninguém.
PROMESSA DE CAMPANHA E A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
Durante sua campanha à Presidência da República em 2022, Lula da Silva firmou o
compromisso de isentar do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que recebem
até R$ 5.000,00. A promessa, uma das pautas centrais de sua plataforma
econômica, visava aliviar a carga tributária sobre a classe média e ampliar a
renda disponível das famílias.
O AVANÇO DA PROPOSTA NO CONGRESSO
O caminho para a concretização da medida enfrentou debates no cenário político.
A principal barreira para a implementação da isenção do IR residia na necessidade
de encontrar uma fonte de compensação para a perda de arrecadação. A solução
proposta pelo governo, e que encontrou resistência inicial em setores da
oposição, foi a taxação de altas rendas, popularmente chamada de "taxação
dos super-ricos".
TEM POLÍTICO CRUZEIRENSE QUE VIVE EM UMA REDOMA
A caverna de Platão é uma metáfora que representa a jornada em busca da
sabedoria e do entendimento do mundo real, revelando que as aparências são
apenas projeções da verdade mais profunda. Infelizmente, parece que alguns
políticos em Cruzeiro do Sul preferem viver em uma bolha, desconectados da
realidade e se vendo como peças fundamentais, como se fossem a chave para
a sobrevivência.
MERAS
FILOSOFIAS NÃO LEVARÃO A NADA
Tenho um amigo que, desde criança, estampa uma felicidade contagiante no rosto,
inteligente e um excelente gestor e claro, um humorista. Ele é autor de uma
frase que repete com frequência: “Meras filosofias não levarão a nada”.
A RESPOSTA, É O SARCASMO
Essa
colocação tem um tom espirituoso e pode ser uma forma eficaz de quebrar o gelo
em situações onde alguém usa uma linguagem que desafia o convencional.
Portanto, quando se percebe que o discurso é puro exibicionismo, o sarcasmo é o
único remédio.
RENDIMENTOS ANUAIS R$ 600,00
A proposta enviada ao Congresso Nacional previa que a isenção para a faixa de
até R$ 5.000,00 fosse financiada por um aumento na tributação sobre rendimentos
anuais superiores a R$ 600.000,00. Importante frisar, quem ganha acima do teto
da isenção zero até R$ 7.350,00 terão uma isenção parcial, com descontos na
alíquota.
DIA HISTÓRICO
Apesar das divergências iniciais, o projeto de lei que amplia a faixa de
isenção do Imposto de Renda foi aprovado de forma unânime na Câmara dos
Deputados. Em uma votação expressiva, os 493 parlamentares presentes no
plenário votaram com o governo. O texto agora segue para a análise do
Senado Federal.
O VOTO DA BANCADA DO ACRE
Acompanhando a decisão unânime do plenário, sete deputados federais que compõem
a bancada do Acre votaram favoravelmente à proposta do governo. Todavia, Zé
Adriano (PP) não teve o voto registrado. "Mijou fora do penico"
novamente?
EM 15 SEGUNDOS, COMISSÃO APROVA AUMENTO BILIONÁRIO NO FUNDO ELEITORAL
É bom lembrar que em uma votação de apenas 15 segundos, a Comissão Mista de
Orçamento aprovou um aumento de R$ 1 bilhão para quase R$ 5 bilhões no fundo
eleitoral destinado ao orçamento de 2026. A medida representa um crescimento
expressivo nos recursos públicos para financiamento de campanhas, consolidando
o que muitos consideram um privilégio da classe política.
TAPA NA CARA DA SOCIEDADE
Para a sociedade, a decisão soa como um verdadeiro descaso, um 'tapa na cara'
do contribuinte. É vergonhoso como a maioria dos parlamentares aprova,
seguidamente, medidas em benefício próprio, enquanto empurra a população menos
favorecida contra a parede. Pior ainda, chegam a questionar benefícios sociais
que livram muitos brasileiros da fome.