Parlamentares de países-membros do Brics defenderam em Plenário, nesta quinta-feira 5, financiamento aos países em desenvolvimento e maior protagonismo dos Brics nas decisões internacionais para a promoção do desenvolvimento sustentável. A sessão de trabalho foi a terceira do 11º Fórum Parlamentar dos Brics, sediado no Congresso Nacional, que reúne representantes de 15 países — 10 Estados-membros do Brics e cinco países parceiros.

O Diálogo Interparlamentar do Brics sobre Clima e Sustentabilidade foi conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. O fórum, que se encerra no final do mesmo dia, reúne 195 parlamentares estrangeiros credenciados, sem contar as equipes de apoio. A delegação brasileira conta com 18 senadores, entre eles o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com 35 deputados, incluindo Motta.

O presidente da Câmara apontou que a ONU, por meio do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), já afirmou que esta década determinará se os países conseguirão limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. A meta foi acatada por 196 países em 2015, ao assinarem o Acordo de Paris.

Para Motta, o Brasil tem papel fundamental no objetivo, inclusive por sediar, neste ano, a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém. Na avaliação do deputado, o financiamento é uma das principais prioridades do evento. 

Países em desenvolvimento, como o Brasil, têm questionado nos últimos anos o compromisso de países ricos na manutenção da contribuição financeiramente, neste tema, com as nações mais pobres. Projetos e iniciativas para conter as mudanças climáticas ainda podem ser financiados por parcerias público-privadas e bancos multilaterais. É o caso do banco dos Brics, criado em 2014 pelos países do grupo, que anunciou que, até 2026, terá 40% do seu portfólio de investimentos em projetos sustentáveis.

Fonte: Agência Senado