Loterias

Carregando resultados da Mega Sena...

Carregando resultados da Quina...

Carregando resultados da Lotofacil

Image1

Embarque em uma jornada impactante com Sombras do Poder – As vísceras da corrupção no Acre expostas na Operação Ptolomeu, de Chico Araújo. Com uma narrativa incisiva, o livro desvenda os bastidores sombrios da corrupção no Acre, revelando esquemas milionários e a luta de um povo contra a opressão. Resultado de uma investigação meticulosa, esta obra é um convite à reflexão sobre poder, impunidade e resistência. Adquira já o seu exemplar na Loja UICLAP e mergulhe nessa história que ecoa além das páginas! Compre aqui

Moedas

Vergonha: o Conselho de Ética não é um órgão confiável

 

Foto: Kevin Lima/g1


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, criado com a Resolução nº 25 de 2001, é o órgão encarregado do procedimento disciplinar destinado à aplicação de penalidades em casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar no âmbito da Câmara dos Deputados. É um colegiado composto por 21 membros titulares e igual número de suplentes, com mandato de dois anos, não podendo ser substituídos a qualquer tempo. Fonte: Câmara dos Deputados.  


Carece de seriedade e credibilidade um órgão formado por parlamentares para avaliar e julgar condutas disciplinares de seus pares.  


Que imparcialidade terá um parlamentar julgador que, além de poder pertencer a um partido opositor, poderá possuir desavenças pessoais com o parlamentar julgado?  


O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) está em greve de fome, no Conselho de Ética da Câmara Federal, em protesto por ter o seu mandato cassado devido a uma agressão do parlamentar contra o influenciador Gabriel Costenaro, em abril do ano passado, expulso do prédio da Câmara com empurrões e chutes.  


O deputado alega que essa tática radical de sua cassação é fruto de uma decisão política. “Não serei derrotado por Arthur Lira e pelo Orçamento Secreto. Vou às últimas consequências”, disse o deputado em rede social.  


Vale aqui consignar, para dimensionar o descontentamento geral da sociedade com o Conselho de Ética da Câmara Federal, como também do Senado Federal, o seguinte enunciado popular:  


“A Comissão de Ética não tem ética nenhuma! Seus integrantes conspiram contra a democracia, violam a ética na política, contrariam as leis constitucionais ao proteger criminosos como Brazão que mandou executar Marielle e seu motorista Anderson; também protegem Zambelli que perseguiu um homem desarmado apontando uma arma para a cabeça dele no meio da rua e dentro de um estabelecimento público, em pleno pleito eleitoral, infringindo todas as leis eleitorais e do Código de Processo Penal. 


Até agora, nenhum “piu” por parte destes integrantes da Comissão de Ética que, ao se omitirem deste julgamento, assemelham-se a comparsas do crime. Algo precisa ser feito no sentido de dissolver essa Comissão e processar estes integrantes que não cumprem com o dever ético que lhes foi conferido.  


É imediato que haja denúncia de crime em todas as instâncias legais nacionais e internacionais a fim de consolidar a verdade sobre o comportamento antiético destes integrantes que se assemelham a comparsas do crime, ao se negarem, por meio da procrastinação, ao julgamento constitucional que é exigência da condição dos integrantes dessa Comissão, sejam eles quem forem.”  


Quanto ao comportamento de greve de fome do deputado Glauber, considero desnecessário e sensacionalista. A indignação poderia ser demonstrada por outra forma. Outros foram cassados e não tiveram a mesma atitude.  


No que se refere aos conselhos de ética e decoro das duas Casas, concordo que são uma vergonha. Ambos são desprovidos de credibilidade para julgar os seus próprios pares. Injustiças e revanchismos sempre existirão se persistirem os atuais critérios disciplinares das comissões de ética. 


Defendo a tese de que deveria haver constitucional e exclusivamente uma instância no Judiciário para apreciar e julgar comportamentos disciplinares de toda a ordem de parlamentares. Ou seja, quaisquer infrações ao decoro parlamentar deveriam ser julgadas por essa instância judiciária.  


O comportamento disciplinar de um parlamentar é condição necessária para a sua respeitabilidade perante a sociedade (o eleitor), bem como para a preservação da imagem do Poder Legislativo. 


A atuação dos conselhos de ética e decoro vigente é muito insuficiente. Assim, para haver julgamento justo ou imparcial dos atos disciplinares de parlamentares, é necessário que o órgão julgador seja o Judiciário. 

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC


Site desenvolvido por:
Harlley Rebouças
www.harlley.com.br