O Dilema de 2026: Quando o CPF é maior que o CNPJ
Imagem original do Jorge Viana/Pedro França/Agência Senado/Editada: Neto Gontran
Rapidinhas com UrtigaDoJuruá
MuUomento
de inflexão
Embora eu não tenha realizado uma apuração direta com as instâncias partidárias,
Diretório Municipal ou Estadual do PT, ou dialogado com o próprio Jorge
Viana, os bastidores da política acreana sinalizam um momento de inflexão.
Reavaliando a candidatura
Veículos da imprensa e movimentações nas redes sociais sugerem que a candidatura
ao Senado em 2026, até então dada como certa, passa por um criterioso cálculo
político. O ex-governador estaria reavaliando a viabilidade do pleito.
As variáveis da equação
O que motivaria tal recuo? Não busquei respostas na esquerda local. A análise
vem da observação de uma roda de atores políticos ligados à direita em
Cruzeiro do Sul. Ali, Surgiu a especulação de um tripé de possibilidades que
navega do pragmatismo puro à sobrevivência política.
Composição Ministerial
A primeira hipótese é a de que JV estaria mirando uma construção nacional. Num
eventual quarto mandato do presidente Lula, assumir um ministério seria uma
forma de manter relevância sem enfrentar o desgaste das urnas locais. Troca-se
o risco de uma eleição majoritária pela segurança de um cargo na Esplanada.
O Pragmatismo das alianças
A segunda teoria, considerei delírio, um possível apoio a um nome da base
governista (Lula), como o Senador Sérgio Petecão. Embora soe como uma
"aliança contra a natureza", na política, a necessidade de
sobrevivência muitas vezes impõe misturas não convencionais, superando
antigas rivalidades ideológicas.
Análise de Risco
Por fim, a leitura fria das pesquisas. Enfrentar um eleitorado majoritariamente
conservador no Acre, onde o antipetismo ainda é um vetor forte, impõe um risco
severo de insucesso. Um novo revés eleitoral poderia significar o encerramento
de uma carreira histórica.
O que penso
Reiterar a capilaridade eleitoral de Jorge Viana, sua respeitabilidade e
trânsito entre diferentes correntes é redundante. Ele é, inegavelmente, um
ativo político de alta densidade.
E agora, presidente Kamai?
Entretanto, se essa "reavaliação" culminar em uma desistência, seja
por cálculo ministerial e com isso, permanecer na Apex Brasil até o final do
mandato do presidente Lula, ou uma precaução eleitoral o impacto
transcenderá a uma simples chapa da Federação.
Revés
Para a esquerda acreana, seria um revés estratégico severo. Sem Viana, o PT
corre o risco de continuar no isolamento institucional, e de prosseguir em um
ostracismo político, restringindo sua narrativa aos militantes orgânicos, sem
capacidade de furar a bolha.
Conjuntura atual
A dura realidade imposta pela conjuntura atual é clara: o capital político pessoal de Jorge Viana hoje, no Acre, sobrepuja a própria legenda partidária.
