Foto: Sérgio
Vale/AC 24 horas
Em edição levada ao ar excepcionalmente neste domingo (14), o Bar do Vaz
recebeu o deputado federal Gerlen Diniz (PP). A conversa girou em torno de
muitos assuntos, começando pela sensação de ser deputado federal em comparação
com o mandato na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que ele exerceu entre
2015 e 2022. “É uma experiência gratificante. Ser representante da população do
Acre em Brasília é uma honra enorme”, afirma.
Tido como um político de visão diferenciada, com relação a
posicionamentos ideológicos, Gerlen diz que ‘não levanta bandeira cegamente’
quando questionado sobre o assunto. “Eu me considero um político de
centro-direita. É direita radical? Não sou. É de esquerda, também não sou. Tem
uns aspectos que a gente vai identificando e defendendo aquelas teorias,
aquelas teses, de cada lado, mas eu não sou radical de maneira nenhuma”,
esclarece.
Diniz relata que já votou em Lula, quando era adolescente, e em Tião
Viana, no segundo mandato. Votou no Gladson várias vezes, mas ressalta que
acredita saber diferenciar o que é o certo e o errado. “Por exemplo, votei no
Bolsonaro, mas o posicionamento dele com relação às vacinas foi totalmente
equivocado. Já tem outros posicionamentos dele que eu digo: tá certo, nesse
aspecto tá certo. Então, não levanto a bandeira de um cegamente”, enfatiza.
Outro assunto de destaque abordado na entrevista foi o voto do
parlamentar favorável à manutenção da prisão do colega Chiquinho Brazão,
acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco
(PSOL/RJ). Sobre o assunto, Diniz disse que o tema não pode ser apequenado, com
os deputados que votaram a favor da manutenção da prisão sendo aplaudidos e os
que votaram contra sendo demonizados.
Mais um tema explorado foi o fato de, apesar de o deputado ainda ter
dois anos de mandato garantidos na Câmara Federal, colocou o seu nome como
pré-candidato à prefeitura da sua cidade natal. “É dever meu colocar o nome à
disposição de Sena Madureira”, disse ele, argumentando que a cidade piorou
muito e tem andado para trás. “Se eu pensasse só em mim, no meu conforto, na
minha família, continuaria em Brasília”, acrescentou.
Com relação à gestão do patrimônio público no município, Gerlen Diniz
faz uma cobrança dura a respeito do desaparecimento de um equipamento da
prefeitura. “Eu preciso encontrar a nossa usina de asfalto de Sena Madureira.
Tive informação de que já saiu do estado, então não sei onde está. Se alguém
tiver alguma informação, nos informe, porque essa usina vai ter que voltar”,
disse.
Gerlen Diniz encerrou a entrevista dizendo que qualquer que seja o
resultado das eleições, o resultado das urnas deve ser respeitado, numa
inevitável alusão a fatos recentes do país. “Já disputei várias eleições, nunca
questionei o resultado das urnas. É a mesma coisa que você fazer um concurso
público, ser aprovado, e depois dizer que teve fraude. Eu acredito 100% nas
urnas. Respeito quem pensa de forma diversa, mas é democracia.
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