STF forma maioria contra Marco Temporal e bancada do Agro reage

Frente Parlamentar da Agropecuária reagiu à decisão do STF
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria contra a tese do marco temporal. Com o voto decisivo do ministro Luiz Fux, a Corte rejeitou a ideia de que os povos indígenas só poderiam reivindicar terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

O julgamento, iniciado em 2021, surgiu de um caso que envolvia uma ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra a comunidade Xokleng. “O direito das comunidades a territórios que tradicionalmente ocupavam não depende de uma data fixa”, argumentou Fux, ecoando os votos dos ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso e José Dias Toffoli. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça divergiram, votando a favor do marco temporal.

Enquanto a decisão do STF parece selar o destino da tese do marco temporal na Corte, a questão ainda está em jogo no Congresso, onde um projeto relacionado ao tema está atualmente sob consideração.

Bancada do Agro

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) reagiu à decisão do STF que rejeitou a tese do marco temporal.

O parlamentar criticou o julgamento e disse que o grupo – formado por mais de 340 parlamentares, não vai aceitar a decisão. Para ele, o STF usurpa competências do Legislativo ao decidir sobre o tema. “Avançar em uma matéria em fase final do Parlamento, que impacta as relações sociais de brasileiros e brasileiros, é expor que a Constituição privilegiou indígenas em detrimento de todos os demais. (…) O STF tem se colocado como legislador, usurpando competências do Congresso. Não existe a mínima possibilidade de aceitarmos isso calado”, afirmou Lupion.

 

 

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