O senador Marcio Bittar (União-AC) criticou, em
pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (24), declaração do ministro da
Justiça, Flávio Dino, que afirmou que o Acre tem R$ 91 milhões para gastar do
Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Para o parlamentar, a fala deu a
entender que o dinheiro teria sido repassado neste ano. No entanto, Bittar
ressaltou que o estado ainda não recebeu nenhuma verba do governo Lula. Segundo
ele, o governo Bolsonaro empenhou quase R$ 135 milhões para o Acre nos quatro
anos de mandato.
— Tem R$ 8 milhões em restos a pagar e R$ 125 milhões foram para
conta do estado. O que falta ao estado ainda gastar, o que não foi executado
ainda, é quase R$ 91 milhões. Quando o ministro anunciou, ficou parecendo que o
dinheiro na conta do governo do estado teria sido já obra deste governo. No
mínimo, o ministro e as lideranças que com ele estiveram no Acre gostaram da
versão, que não corresponde à verdade. [...] Por ora, o estado do Acre não
recebeu um centavo da visita do ministro Flávio Dino, do governo federal do
presidente Lula. Os R$ 91 milhões estão na conta sim, mas foram repasses do
governo do presidente Bolsonaro.
Bittar esclareceu que está prevista uma arrecadação de quase R$
2,2 bilhões do FNSP. Dino prometeu que R$ 91 milhões serão enviados ao Acre.
Para o senador, esse valor é considerável pelo fato de o estado fazer divisa
com a Bolívia e o Peru, dois dos três maiores produtores de cocaína do planeta.
— A cocaína e o tráfico de armas entram para o estado, mas não
ficam só lá. Portanto, não é um problema apenas nosso, do Acre, é um problema
do Brasil. Até mais do que isso, é um problema do mundo, porque boa parte disso
trafega pelos rios e vai embora para o mundo. Nós temos apenas 900 mil pessoas
no estado do Acre e nós somos mais vítimas hoje disso do que de qualquer outra
coisa. Então, a União precisa entender que o problema do narcotráfico no Acre
não é um problema acreano, é um problema nacional. Mais do que isso, é um
problema internacional.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador Marcio Bittar (União-AC) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (24), declaração do ministro da Justiça, Flávio Dino, que afirmou que o Acre tem R$ 91 milhões para gastar do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Para o parlamentar, a fala deu a entender que o dinheiro teria sido repassado neste ano. No entanto, Bittar ressaltou que o estado ainda não recebeu nenhuma verba do governo Lula. Segundo ele, o governo Bolsonaro empenhou quase R$ 135 milhões para o Acre nos quatro anos de mandato.
— Tem R$ 8 milhões em restos a pagar e R$ 125 milhões foram para conta do estado. O que falta ao estado ainda gastar, o que não foi executado ainda, é quase R$ 91 milhões. Quando o ministro anunciou, ficou parecendo que o dinheiro na conta do governo do estado teria sido já obra deste governo. No mínimo, o ministro e as lideranças que com ele estiveram no Acre gostaram da versão, que não corresponde à verdade. [...] Por ora, o estado do Acre não recebeu um centavo da visita do ministro Flávio Dino, do governo federal do presidente Lula. Os R$ 91 milhões estão na conta sim, mas foram repasses do governo do presidente Bolsonaro.
Bittar esclareceu que está prevista uma arrecadação de quase R$ 2,2 bilhões do FNSP. Dino prometeu que R$ 91 milhões serão enviados ao Acre. Para o senador, esse valor é considerável pelo fato de o estado fazer divisa com a Bolívia e o Peru, dois dos três maiores produtores de cocaína do planeta.
— A cocaína e o tráfico de armas entram para o estado, mas não ficam só lá. Portanto, não é um problema apenas nosso, do Acre, é um problema do Brasil. Até mais do que isso, é um problema do mundo, porque boa parte disso trafega pelos rios e vai embora para o mundo. Nós temos apenas 900 mil pessoas no estado do Acre e nós somos mais vítimas hoje disso do que de qualquer outra coisa. Então, a União precisa entender que o problema do narcotráfico no Acre não é um problema acreano, é um problema nacional. Mais do que isso, é um problema internacional.
Fonte: Agência Senado
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