Fraudes no INSS marcaram CPMI em 2025
Presidente do colegiado anuncia para 2026 a revisão de todos os empréstimos
contraídos pelos aposentados junto às agências de crédito
Os empréstimos consignados contraídos pelos aposentados neste e
anos anteriores devem ganhar destaque e virar alvo de investigação no
Congresso. Em 2025, os parlamentares membros da CPMI concentraram esforços nas fraudes do INSS e abriram
um leque de apurações. Instalada em 20
de agosto, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga descontos
ilegais nas folhas de aposentados e pensionistas do INSS realizou 29 reuniões
até 4 de dezembro e deve retomar os trabalhos em fevereiro, focando em
empréstimos consignados irregulares.
Até agora, as investigações apontam que sindicatos e associações
utilizavam convênios com o INSS para descontar mensalidades sem autorização. Na
próxima fase, a comissão analisará fraudes em empréstimos consignados, com
suspeitas de assédio, concessão sem consentimento e renovações fraudulentas que
geraram dívidas impagáveis.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, estima que mais de 1,6
milhão de aposentados sofreram descontos indevidos.
Em fevereiro, a comissão fará o primeiro balanço do
relatório preliminar, sob relatoria do deputado Alfredo Gaspar. O prazo para
encerramento é março de 2026, mas parlamentares já discutem a prorrogação para
ouvir todos os convocados. Só em uma reunião, no fim de novembro, foram
aprovados 300 requerimentos de convocação de autoridades e pedidos de
informação.
