STJ transfere julgamento de Gladson Cameli para 17 de dezembro
O Superior Tribunal de Justiça voltou a adiar o julgamento do governador do Acre, Gladson Cameli, no âmbito da Operação Ptolomeu. A nova data definida pela Corte é 17 de dezembro durante a última sessão do ano, por conta do recesso forense.
A
análise do processo estava marcada para a próxima semana, ou seja, dia 3 de dezembro, porém a sessão foi suspensa
após a defesa de Cameli afirmar que não teve acesso aos formulários SEI-C,
documentos usados na produção dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs)
que embasam parte das investigações.
Diante do argumento, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
concordou com o pedido da defesa e autorizou o adiamento da análise.
O processo é um dos desdobramentos da Operação Ptolomeu, que apura supostas irregularidades em um contrato de R$ 24,3 milhões, firmado entre o governo do Acre e a empresa Murano Engenharia, com sede em Brasília, para manutenção predial. Segundo as investigações, a contratação ocorreu por adesão a uma ata de registro de preços de um instituto de Goiás, sem licitação.
A empresa, que não possuía atuação no Acre, subcontratou no dia seguinte a Rio Negro, sediada no estado e que tem entre os sócios Gledson Cameli, irmão do governador. Apurações da Controladoria-Geral da União indicaram sobrepreço superior a R$ 8 milhões e superfaturamento de R$ 2,9 milhões.
