Relação entre Executivo e Legislativo
Rapidinhas com UrtigaDoJuruá
Neto
Gontran/Jornalista
ATENÇÃO:
Julgamento do governador Gladson Cameli agendado pelo Supremo Tribunal de
Justiça (STJ) para o dia 19 de novembro de 2025. Aqui
Valéria
Lima detalha relação com Executivo e Legislativo
A vereadora Valéria Lima (PP) foi a entrevistada desta terça-feira (28) no
"Jornal da Manhã", da Rádio Integração. Com habilidade, ela respondeu
aos jornalistas Chico Melo e Mazinho Rogério, detalhando seus projetos de lei
aprovados, a boa relação com os colegas na Câmara e, principalmente, as
dificuldades de diálogo com o Poder Executivo.
Esforço em vão
A vereadora foi taxativa ao afirmar que não tem obtido muito êxito em suas demandas junto ao Executivo. Ela destacou que, as demandas que encaminha visam resolver problemas da população. No entanto, segundo Valéria, "as desculpas são as mais variadas possíveis", incluindo justificativas como "estamos nos organizando ainda”.
Caminha com suas próprias pernas
Ao "colocar as cartas na mesa", a edil afirmou sem rodeios que não está atrelada ao prefeito e que "caminha com suas próprias pernas". Ela destacou que suas parcerias atuais incluem o deputado estadual Pedro Longo (PDT) e a associação Amigos do Bem.
Predicados do presidente
Em contraste com a dificuldade no Executivo, Valéria Lima ressaltou os predicados do presidente do Legislativo, Elter Nóbrega. Segundo ela, Nóbrega "apoia os vereadores, é um gestor de diálogo, parceiro e, acima de tudo, suas atitudes são firmes".
Embate entre Senador Alan Rick e Governo do Estado
O cenário político estadual esquentou nesta segunda-feira (27) em Rio Branco, "briga no andar de cima". O senador Alan Rick (UB) divulgou um vídeo denunciando que teve suas prerrogativas parlamentares desrespeitadas.
Aqui você não entra
Ele afirma que foi proibido pelo governo do Estado de entrar no Centro Socioeducativo Acre, unidade do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE-AC). Alegando ter sofrido constrangimento, o senador foi direto à Polícia Federal: "Registrei denúncia", afirmou.
A reação do Governo
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) emitiu uma nota pública sobre o caso. Nela, o governo se solidariza "aos colaboradores que foram desrespeitados pelo senador". A nota da Sejusp alega ainda que Alan Rick tentou entrar na unidade com equipamentos de filmagem sem a devida autorização prévia.
Incidente desagradável
Não é segredo para os acreanos que esse tipo de embate, em geral, tem um fundamento claro: as eleições de 2026. Contudo, o episódio lembrou um incidente desagradável ocorrido em junho de 2023, no aeroporto de Brasília.
Faltou Camisa?
Naquela ocasião, o senador, vestindo uma jaqueta do Flamengo, por pouco não foi às vias de fato com um servidor da Latam após perder seu voo de volta ao Acre. A ironia que circula agora é que "faltou camisa" para o senador na visita ao ISE: se ele estivesse com o uniforme rubro-negro, talvez o tivessem deixado entrar.
"Precisa não": O paradoxo da política acreana
Para alguns políticos, o Acre parece estar se tornando um verdadeiro "passeio"
administrativo. A mais recente proposta do governo ilustra bem essa percepção:
a apresentação de um Projeto de Lei para criar um cargo de Secretário Adjunto
de Turismo, com um salário de R$ 30 mil.
A medida soa tão supérflua que a crítica mais contundente e irônica, não
veio da oposição, mas de dentro da própria família do governador. Em uma
postagem de rede social, a própria mãe do governador teria resumido o
sentimento de muitos: "precisa não".
A
população aplaude...
Contudo,
o que se desenha é um claro paradoxo. Enquanto R$ 280 milhões de empréstimo, R$
39 milhões no jatinho e $ 30 mil para um cargo geram perplexidade em alguns,
eles parecem não arranhar a popularidade do governo.
Qualquer
pesquisa de opinião realizada no Acre aponta que a aprovação do governador
Gladson Cameli segue "lá em cima". A última sondagem, divulgada no
mês passado, é taxativa: 69,1% dos eleitores aprovam a
administração e 51% avaliam a gestão como "ótima" ou
"boa".
E à minoria, o "Jus Esperniandi"
Diante desses números, a análise é fria: com o aval da maioria, tanto aliados quanto a população parecem satisfeitos. Portanto, à minoria que se espanta com a criação de cargos de R$ 30 mil, resta apenas o “jus esperniandi”, o direito de reclamar e observar. De que adianta se indignar!

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