De Nova York, Marina Silva afirma que ‘todos devem ser sustentabilistas’
Falando de Nova York, onde participa ao lado do presidente Lula
da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra do Meio
Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, foi um dos destaques no segundo dia
do Despertar 2025, o maior evento progressista do Brasil, realizado pelo
Instituto Conhecimento Liberta (ICL). Em sua palestra, transmitida ao vivo para
o público, a ministra tratou sobre as diferentes crises que compõem o que ela
chamou de crise da civilização. Para ela, o momento que vivemos é de
emergência, e por isso “todos devem ser agora sustentabilistas", mesmo
aqueles que se enxergam como desenvolvimentistas. “Podem ter perfis
conservadores ou progressistas, mas todos devem ser sustentabilistas", acrescentou.
A ministra ressaltou que a crise civilizatória se
configura no âmbito global, estruturada nas crises ambiental, política e de
valores. “Ela é mais real do que nunca. A ideia de caminhar nem sempre se dá no
sentido do progresso, temos vivido retrocessos e regressões", pontuou.
Para Marina, querer voltar ao regime ditatorial, que suplanta a democracia, é
um exemplo claro disso.
Em uma referência à batalha final e
decisiva entre as forças do bem e do mal,
descrita no livro do Apocalipse na Bíblia, a ministra afirmou que a "crise
ambiental é uma espécie de Armagedom da crise civilizatória". De acordo
com ela, se continuarmos neste caminho, as condições em que a vida nos foi dada
serão comprometidas. “O que está em jogo é manter a ética de sustentação
das condições que sustentam e promovem a vida na Terra. A natureza não suporta
mais a capacidade infinita de desejar dos mais de 8 bilhões de seres humanos, o
planeta dá sinais de colapso", complementou.
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