O
senador Márcio Bittar (União-AC), em pronunciamento no Plenário nesta semana,
questionou as críticas feitas ao Brasil por dois cientistas que, em artigo
publicado na revista Science, acusaram o país de não ter liderado pelo exemplo
na questão ambiental durante a COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas, realizada em Dubai, em 2023. O parlamentar criticou o que
chamou de tratamento desigual ao comparar o Brasil com outros anfitriões da
conferência.
“Quando
a COP foi em Dubai, Dubai liderou pelo exemplo? Alguém fez crítica a Dubai, que
vive de petróleo? Não. Ninguém falou nada. Aliás, é uma contradição. Eu vi
camisas, escritas com o slogan da COP em Dubai, falando do ar livre, da
atmosfera sem CO2 e, embaixo, Dubai, quer dizer. É impressionante” — questionou.
O
senador também contestou os ataques direcionados a ministérios do governo
federal, como o da Agricultura e o da Ciência e Tecnologia, e afirmou que a
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido poupada injustamente. Segundo
ele, Marina tem influência internacional, mas não conseguiu evitar o aumento
das queimadas e do desmatamento no Brasil.
Além
disso, Bittar voltou a defender a pavimentação da BR-319 e a exploração de
petróleo na Margem Equatorial. Ele criticou ONGs e estudos ambientais que,
segundo ele, ignoram a população amazônica. Também questionou as projeções
científicas que associam mudanças no bioma amazônico a alterações climáticas no
país, classificando-as como sem fundamento. O senador rejeitou a tese dos “rios
voadores” e disse que a umidade da região vem do oceano.
Fonte:
Agência Senado
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