Motta nega acordo com a oposição e Alcolumbre sinaliza que não vai pautar impeachment de Moraes
Em entrevista coletiva e na
reabertura das sessões ordinárias da Câmara depois da ocupação da Mesa, o
presidente Hugo Motta garantiu que não fez acordo com a oposição para retomada
dos trabalhos do Plenário.
A oposição pede a votação do projeto de lei que
anistia os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 e outros acusados de
golpe de Estado, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com
o foro privilegiado para deputados, que deixariam de ser julgados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Os protestos foram motivados pela prisão
domiciliar do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
“A Presidência da Câmara é
inegociável” – disse Motta ao desmentir
reportagens veiculadas na imprensa sobre uma suposta negociação para o retorno
das atividades no Plenário.
O presidente do Legilativo também afirmou que, enquanto presidente, não vai abrir mão do papel institucional que a Casa deve cumprir. E que diante de toda a tensão criada, conseguiu construir, pautado no diálogo, a solução menos traumática para que a Casa pudesse retomar sua normalidade.
Já no Senado, o presidente Davi Alcolumbre sinalizou que não pautará a abertura de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Essa é uma das condicionantes para encerrar a mobilização de senadores aliados a Jair Bolsonaro que ocuparam a mesa diretora da Casa, nesta semana, também em sinal de protestos contra o mandato de prisão domiciliar do ex-presidente.