Sobre as cheias no Acre

Todo ano é a mesma agonia: cheias, famílias desalojadas e ficam à míngua.
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Por Chico Araujo


Para não me alongar nem incutir "colóquios flácidos para acalentar bovinos"


Todo ano é a mesma agonia: cheias, famílias desalojadas e ficam à míngua.

 

E já faz décadas a mesma situação.

 

Ao jornalismo [penso] caberia no seu papel social discutir, debater, a retirada definitiva de famílias residentes em regiões de cotas baixas e os projetos de engenharia destinados a conter essas cheias. Tudo porque as cheias passaram a ser fenômenos convencionais. Se repetem anualmente.

 

Cediço é que ao longo de décadas [as quais vivi no Acre] governantes [seja de coloração 'incarnado', azul, violeta, laranja, grená, ou a cor que prefriram] empurraram a questão de maneira paliativa. Um conjunto habitacional aqui, um cidade não sei do que ali...

 

Alimentar a cultura da "ajudinha", da cesta básica [sacolão no linguajar tupiniquim acreano], etc do governante de plantão em nada vai minorar a situação de quem vive nessas áreas de cotas baixas.

 

Avalio ser esse o momento de o jornalismo [não apenas ser solidário com aqueles que estão na desgraça] questionar o Poder Público [aqui não se trata de fulanizar] as soluções práticas para um problema que perdura há décadas.

 

'Navegar é preciso' ensinava o saudoso Ulysses Guimarães.


* Chico Araújo é jornalista e advogado

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