Durante visita na agroindústria da Cooperativa Central de
Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre), nesta
segunda-feira, 8, o empresário e presidente da Associação Acreana de
Supermercados (Asas), Adem Araújo, disse estar surpreso com a estrutura da
indústria de beneficiamento de castanha localizada no Parque Industrial de Rio
Branco.
Adem Araújo foi recepcionado pelo presidente e o
superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro e José de Araújo Rodrigues,
respetivamente, e pelo presidente do Sistema OCB no Acre, Valdemiro Rocha, que
apresentaram a agroindústria e explicaram o processo de beneficiamento da
castanha, desde a chegada até o empacotamento do produto para exportação.
“Fiquei surpreso com o tamanho, com a estruturara da Cooperacre
e por saber que temos uma indústria desse porte em Rio Branco gerando tantos
empregos, são produtos que vem da floresta, dos extrativistas e que já chegam
em muitos lugares do mundo, iniciativas como essa precisam ser valorizadas”,
disse Adem Araújo.
A Cooperacre é uma cooperativa acreana com mais de 20 anos de
atuação, que vem consolidando como modelo de negócio que alia a
sustentabilidade ambiental através da bioeconomia, com geração de renda. A
prática extrativista adotada pela rede de cooperativas concilia a geração de
renda para mais de quatro mil famílias e a manutenção da floresta em pé, e
busca alternativas que possam potencializar a produção agroflorestal e
consolidar cadeias produtivas sustentáveis.
Atualmente, a Cooperacre exporta para mais de 10 países e
possui 22 associações e 14 cooperativas filiadas, que atuam no fortalecimento
das cadeias produtivas da borracha, castanha-da-Amazônia, café, palmito e polpa
de frutas.
“Nossa missão é desenvolver atividades produtivas
sustentáveis, com valorização dos produtos florestais não madeireiros,
acreditamos que esse é o caminho para se alcançar a sustentabilidade na
Amazônia, enfatizou o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro.
Volume de negócios e geração de renda
Em 2023, a Cooperacre movimentou mais de 48 milhões de reais
em bioeconomia, beneficiando diretamente 2.343 famílias extrativistas. Somente
na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando 8,6 milhões de
reais. Com a coleta da castanha, o retorno ao produtor foi ainda maior: 24,5
milhões de reais com a comercialização de 350 mil latas de castanha (cada lata
custa em média 70 reais).
Texto e fotos: Andréia Oliveira
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