Solicitada por Socorro Neri, audiência pública discute, na Câmara, transporte aéreo no Acre

o problema gera exclusão social (em virtude dos altos preços praticados
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O deputado Bebeto (PP/RJ) presidiu, nesta terça-feira (9), na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, audiência pública que pela primeira vez discutiu sobre “Qualidade e serviços do transporte aéreo no Acre”. O evento, solicitado pela deputada Socorro Neri (PP), foi marcado pela participação (ao vivo  e virtual)  de parlamentares, autoridades de aviação, representante do MPE/AC, Secretaria de Turismo do Acre e integrantes de empresas aéreas.


O debate incluiu escassez de voos, preços elevados, qualidade dos serviços prestados, abrangendo até taxas de ocupação, concorrência, atrasos e overbooking (reserva em excesso). ”A crise da malha aérea, especialmente do  Acre, afeta setores como  a economia, mobilidade e a própria segurança (sobretudo em termos de transporte para tratamento de saúde) do cidadão  local”, lembrou Socorro Neri.


A parlamentar acreana enfatizou ainda  que o problema gera  exclusão social (em virtude dos altos preços praticados) impedindo o acesso de grande parte da população acreana  a serviços essenciais, resultando em  aprofundamento das desigualdades e isolamento do Estado.


Propostas apresentadas.


O senador Alan Rick (UB) sugeriu a operação, na região Norte, de companhias áreas estrangeiras (em particular do Peru e Bolívia) e a retomada (já solicitada)de voos da Azul. Já a procuradora de Justiça Alessandra Marques, da Defesa do Consumidor do MPE/AC, levantou a necessidade de intervenções pontuais para corrigir distorções na regulação do transporte aéreo para a Amazônia. “Em particular no Acre, cujo  Governo do Estado já diminuiu a taxação do ICMS sobre combustível de aviação”.


A deputada Helena Lima (RR/MDB),por sua vez, cobrou maior investimento das empresas aéreas na região Norte, enquanto  o deputado coronel Ulysses (UB) reiterou seu projeto de implantação de voos de empresas do continente amazônico na faixa de fronteira. Como  defesa, representantes das empresas aéreas levantaram o problema da judicialização da crise aérea e ainda  destacaram  a escassez de peças de reposição da aviação, além do alto custo para a manutenção de rotas já operadas.


Finalmente, Socorro Neri salientou  a alta tarifação e a carência de voos como os grandes  desafios a serem superados, além  da necessidade de identificar(e superar) os gargalos regulatórios “a fim de propor medidas que estimulem a competição, eficiência e acessibilidade no setor aéreo acreano”.

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