Ricardo Sales denuncia ONGs em atividade na Amazônia

 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A CPI das ONGs, que investiga atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia, ouviu nesta terça-feira 15,  o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). Ele afirmou que a maioria das iniciativas das organizações que atua na região fluíram a partir de esforços internacionais, aliados a representantes no Brasil para desenvolver atividades na Amazônia, pautando o discurso na defesa de Direitos Humanos, do meio ambiente e de uma série de atividades ligadas à pesquisa de recursos naturais e biodiversidade.

Mas, segundo Salles, algumas dessas pesquisas têm a finalidade de obtenção de informações comerciais estratégicas. O deputado afirmou ainda que países ricos são responsáveis pelos problemas climáticos no mundo. De acordo com Salles, a Europa e países como a China e os Estados Unidos vem aumentando a queima de combustíveis fósseis.

Na avaliação de Salles, os países desenvolvidos utilizam ONGs para incutir no Brasil o sentimento de culpa e a responsabilidade pela redução nas emissões de gases do efeito estufa. Salles destacou ainda que a atuação das ONGs na região da Amazônia é alimentada por agentes de diversos setores, inclusive do governo, que legitimam a atuação das organizações na região norte em prol de interesses comuns, deixando o ser humano em último lugar na pauta de prioridades e usando o indígena como pretexto para ganhar dinheiro.

A audiência atendeu a um requerimento do relator Marcio Bittar (União-AC). Ele avaliou que o Brasil vem perdendo a soberania nacional por conta de restrições de uso de recursos naturais da região, encabeçadas por agentes internacionais que estão no comando das ONGs no Brasil.

“Se você for quantificar o que é que nós já estamos perdendo ao longo de décadas, porque somos proibidos de utilizar os recursos minerais, por exemplo, que a Amazônia tem. Isso é muito maior do que todos os escândalos financeiros que o Brasil teve, além do que é a quebra da soberania nacional. Então, o que acontece em 66% do território brasileiro, a meu juízo, eu sempre digo isso, é um assalto gigantesco, inimaginável. É uma questão de soberania nacional” – disse o relator..

Diligência na Resex Chico Mendes

Os senadores aprovaram ainda requerimentos para realização de diligência externa na cidade de Rio Branco e na Reserva Extrativista Chico Mendes e de prestação de informações complementares pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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