Após discurso histórico do presidente
Lula na Cúpula da Amazônia nesta quarta-feira, 9, em Belém (PA), a deputada
federal do Acre, Socorro Neri, que estava no evento representando o Parlamento
Amazônico - do qual ela integra como vice-presidente -, se manifestou em defesa
de uma discussão abrangente e inclusiva.
Em sua fala, o presidente assumiu a
retomada da soberania da região, ressaltando que as ações efetivas sobre a
Amazônia devem conjugar “preservação do bioma com a geração de emprego e
condições dignas para todos os que nela residem”.
Na sequência, a parlamentar acreana
reafirmou a importância de se colocar no centro das discussões os que vivem na
região que abrange a Amazônia, como os povos originários, as comunidades
tradicionais, ribeirinhas, quilombolas e os que habitam nas cidades amazônicas.
“Chega de sermos ineficientes, de
ouvirmos discursos do mundo inteiro sobre a Amazônia como o senhor presidente
aqui tão bem registrou.Não dá para pensar em desmatamento zero e nem sobre essa
grande responsabilidade que o bioma Amazônico tem sobre o equilíbrio climático
do mundo sem considerar quem vive nessa região e que precisa viver de acordo
com os avanços do Século XXI”, salientou Neri.
A reunião da Cúpula Amazônica foi
integrada por 5 chefes de Estado, ministros de Meio Ambiente, Relações
Exteriores e Povos Indígenas e integrantes de organismos internacionais.
Cobrança
Lula cobrou dos governos locais
(prefeitos e governos estaduais) a meta de zerar as taxas de desmatamento até 2030. A Cúpula é tratada
como uma prévia da COP 30, principal evento da Organização das Nações Unidas
(ONU) para tratar das questões climáticas, que será realizada em 2025 também em
Belém. “A história da Amazônia será medida entre antes e depois desta Cúpula”,
alertou o presidente.
Ao reiterar sua preocupação com a
inserção de todos os amazônidas nas discussões climáticas, Socorro Neri se
disse confiante nos resultados da Cúpula: “Que bom estarmos hoje saindo daqui
revigorados para esta luta que precisamos empreender, fazendo a devida
conciliação entre o desenvolvimento econômico, social e sustentável, com a
necessária preservação do nosso bioma”.
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