Lula diz que falará com Juscelino Filho e que ele não pode ficar no governo sem provar inocência

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (2) que conversará com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), e que ele deixará o governo se não conseguir provar sua inocência.

O titular da pasta recebeu diárias do governo federal por dias sem agenda de trabalho em São Paulo, São Luís e até no exterior.

Até o momento, o total de diárias recebidas por Juscelino em duas viagens internacionais —a Portugal e Espanha— soma R$ 34,2 mil.

"Eu tentei essa semana conversar com Juscelino, o ministro Juscelino está viajando, está no exterior a serviço do ministério discutindo no encontro de telecomunicações", disse Lula em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na BandNews.

"Já pedi para o ministro Rui Costa convocar ele para segunda-feira para gente ter uma conversa porque ele tem direito de provar sua inocência, mas, se ele não conseguir provar sua inocência, ele não pode ficar no governo. Eu garanto a todo mundo a presunção de inocência."

Juscelino foi indicado para o cargo pela União Brasil, assim como outros dois ministérios. A intenção de Lula era ampliar sua base no Congresso Nacional. Parte dos deputados e senadores do partido, no entanto, tem se posicionado contra os interesses da gestão petista.

Em nota, o ministro disse nesta quinta que devolveu diárias de viagens que fez para o Maranhão, seu estado natal, e para São Paulo, nas quais teve poucas agendas e aproveitou para passar o final de semana.

A viagem para o Maranhão ocorreu entre 12 e 16 de janeiro. Já para São Paulo foi entre 26 e 30 do mesmo mês.

Nesse segundo caso, o ministro teve apenas duas agendas oficiais e aproveitou a estadia na capital paulista para participar de um evento relacionado a cavalos Quarto de Milha, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Juscelino Filho é criador de animais da raça.

Ele foi para São Paulo e voltou para Brasília em aviões da FAB. Isso aconteceu, segundo o Ministério das Comunicações, porque "o ministro foi cumprir agenda oficial, de interesse público".

Fonte: FOLHAPRESS.

CONSIDERAÇÕES:

Não tenho predileção política por ninguém. E seja qual for o governante — que atue em desacordo com os princípios republicanos e constitucionais — merece da sociedade apolítica a devida crítica.

 

Diz o velho ditado “(infalível): “Onde há fumaça há fogo”.

 

A denúncia contra o ministro Juscelino é fato corrente no Brasil, onde políticos no exercício do cargo costumam tirar proveito da coisa pública.

 

Dificilmente, quem tem comportamento ético e moral é denunciado por qualquer irregularidade. Quando a denúncia ocorre através da imprensa investigativa, a qual presta um grande serviço à sociedade, é porque existem elementos de veracidade.

 

Não adianta o ministro, após denúncia, ter ressarcido os cofres públicos. Pois sem a denúncia jamais a irregularidade seria reparada.

 

Pelo visto, trata-se de cidadão não confiável e que não merece credibilidade para o exercício do cargo. Deveria ser colocado imediatamente fora do governo.

 

Temos também o caso da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, que não pode passar incólume.

 

Segundo a reportagem, a proximidade de Daniela e seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho, de suspeitos, réus e condenados por ligações com grupos paramilitares da Baixada Fluminense, precisa ser investigada com imparcialidade, para afastar do Governo elementos de condutas não ilibadas. Pois os membros de um governo devem ser pessoas de condutas republicanas, dignas do exercício do cargo.

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

  

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