No mato sem cachorro


 Por MĆ”rcio Accioly


InformaƧƵes que circulam nas redes sociais apontam desfecho sombrio para os aliados de Lula da Silva (e ele prĆ³prio), em funĆ§Ć£o de manifestaƧƵes populares que vĆ£o assumindo gigantescas proporƧƵes. O silĆŖncio do presidente Bolsonaro, por exemplo, que ainda nĆ£o se pronunciou a respeito do resultado das eleiƧƵes, Ć© atribuĆ­do ao fato de sua excelĆŖncia estar aguardando relatĆ³rio que vem sendo escrito por representantes das ForƧas Armadas, analisando a lisura do pleito.

O relatĆ³rio serĆ” lavrado por integrantes do ITA – Instituto TecnolĆ³gico da AeronĆ”utica -, instituiĆ§Ć£o de ensino superior da ForƧa AĆ©rea Brasileira, reconhecida por abrigar a nata do pensamento e de criaĆ§Ć£o na Ć”rea tecnolĆ³gica do paĆ­s. Para que se tenha ideia, os membros do ITA elaboram softwares para mĆ­sseis e outras engenhocas de altĆ­ssima precisĆ£o, coisas de impossĆ­vel alcance para os que nĆ£o possuem educaĆ§Ć£o na matĆ©ria e nem cĆ©rebro privilegiado capaz de elucidar incompreensĆ­veis equaƧƵes.

De maneira que constatar a existĆŖncia de fraude numa urna eletrĆ“nica de tecnologia ultrapassada, impossĆ­vel de ser auditada por nĆ£o contar com nada que possa comprovar votos ali depositados, Ć© considerado literalmente “cafĆ© pequeno” para luminares do Instituto. Sem contar com a particular ajuda, atravĆ©s de declaraƧƵes e sinais emitidos, vinda de “autoridades” que nĆ£o se cansam de desafiar a inteligĆŖncia e a capacidade de solucionar enigmas que os membros do ITA expƵem com facilidade.

O ex-ministro da Casa Civil de Lula, ZĆ© Dirceu, diz em vĆ­deo de fĆ”cil alcance que “NĆ³s vamos tomar o poder, o que Ć© diferente de ganhar uma eleiĆ§Ć£o”. JĆ” o austero ministro LuĆ­s Roberto Barroso (STF), Ć© registrado, tambĆ©m num vĆ­deo, caminhando no salĆ£o verde da CĆ¢mara e dizendo aos deputados Jhonatan de Jesus (RR) e Lafayette de Andrada (MG), ambos do Republicanos, que “eleiĆ§Ć£o nĆ£o se ganha, se toma”. Barroso foi responsĆ”vel pela substituiĆ§Ć£o, em ComissĆ£o, de deputados federais que optariam pelo voto impresso.

Os principais responsĆ”veis pela atuaĆ§Ć£o no processo eleitoral Ć© que disseram, com todas as letras, que as eleiƧƵes podem ser “tomadas”. Sem contar que experts na Ć”rea afirmam que, na apuraĆ§Ć£o dos votos, foi aplicada uma tal de “equaĆ§Ć£o da reta”, medida primĆ”ria capaz de ser clarificada por quem esteja dando passos iniciais no processo de aprendizado tecnolĆ³gico. O maior agravante, porĆ©m, foi o ministro petista e ex-MST, Edson Fachin (STF), ter livrado Lula da prisĆ£o e o colocado na disputa presidencial.

A internet desnudou comportamento e intenƧƵes. NĆ£o se tem como negar o que estĆ” registrado e amplamente divulgado. O compilado fez ruir a confianƧa da populaĆ§Ć£o nas autoridades. E vai arrastando maioria para inĆ©dita contestaĆ§Ć£o, cujo objetivo principal Ć© a realizaĆ§Ć£o de eleiƧƵes limpas e afastamento dos corruptos., com voto que tenha como ser devidamente auditado. Como diz o adĆ”gio, “estamos no mato sem cachorro”. Se o relatĆ³rio das ForƧas Armadas constatar e expuser fraude nas urnas, o crime Ć© gravĆ­ssimo!

Em alguns paĆ­ses, tal crime Ć© considerado de altĆ­ssima traiĆ§Ć£o! Os condenados teriam de cumprir longas penas ou perderem a vida. Se o relatĆ³rio disser que nĆ£o houve fraude, como convencer a populaĆ§Ć£o a aceitar o eleito que estava preso hĆ” atĆ© bem pouco, responsĆ”vel pela maior roubalheira e desordem governamental jĆ” acontecida no paĆ­s? Existe ainda pergunta maior: como foi derrotado o candidato que mobiliza milhƵes de pessoas, por cidadĆ£o que nĆ£o consegue circular nas ruas? Onde estĆ” a resposta?

 

 


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