Orçamento paralelo: Congresso articula reação ao STF

 


Saída

Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal formavam maioria para suspender os pagamentos das emendas do orçamento secreto, na tarde da terça-feira passada, ministros e parlamentares governistas já acertavam no Congresso um caminho alternativo para manter os repasses.

* Pressionados por prefeitos aliados, que se beneficiam da aplicação dos recursos em melhorias nos seus municípios, parlamentares estudam uma saída legislativa.

Extrapolado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode ter extrapolado nas suas atribuições ao suspender a execução das emendas parlamentares do chamado orçamento secreto.

* Ele disse que vai criar um grupo de trabalho com as assessorias jurídicas da Câmara e do Senado para apontar uma solução legislativa para resolver o impasse.

Reação

O Congresso promete uma reação forte ao Judiciário, após a confirmação pelo plenário do Supremo Tribunal Federal  da decisão liminar da ministra Rosa Weber que suspendeu as emendas de relator.

Via ministério

Observadores de larga visão no Congresso chamam a atenção para o que interessa na maioria formada no STF contra o orçamento secreto: ela não impedirá a concessão de emendas em troca de votos, o consagrado toma lá, dá cá, mas mudará a lógica do atual sistema de sustentação de Jair Bolsonaro.

* Como ocorria no passado, os recursos devem voltar a ser liberados pelos ministérios, o que facilitará a identificação dos beneficiados e com quanto.

Resistência

O presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre, indicou que vai continuar resistindo à indicação do ex-ministro da Justiça André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF).

*  Questionado pela imprensa se iria submeter o nome de Mendonça à votação, Alcolumbre respondeu enfaticamente que está “tudo parado.

Embaralhando

Até parece que o pessoal combinou. Na mesma semana em que Jair Bolsonaro anunciou sua filiação ao PL e Lula passou a cortejar o (ainda) tucano Geraldo Alckmin para ser seu vice em 2022, o ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao Podemos e se apresentou para jogo.

Terceira via

A filiação do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao Podemos, com discurso de candidato à Presidência, mudou o xadrez da terceira via.

* Na lista dos partidos que querem fugir da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, não são poucos os que veem com desconfiança a entrada do ex-juiz da Lava Jato na política.

Frase

Só vai "agravar sua crise de identidade". "Ele vivia disfarçado de juiz e agora vai se disfarçar de político. Nenhuma das vestes lhe cabe" argumentos de Ciro Gomes sobre a entrada de Moro na política.

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