Com o coração de mãe que não descansa, mesmo
no calor das festas por mais um aniversário, quando todos se curvam a minha
história de 117 anos, não posso esquecer meus filhos que estão dispersos pelo
mundo afora. Sei que o imperioso do destino, na luta por vencer na vida, de
buscar novos rumos, apartou-os fisicamente de mim, apartou-nos de um abraço, de
um banho de igarapé, uma visita ao mercado, à Catedral...
Sei que as dificuldades aqui vivenciadas os
fez melhores profissionais, exemplos de caráter, carimbo de resiliência que só
os filhos de Cruzeiro do Sul trazem tatuados na memória. De quando vocês
partiram muita coisa mudou, novos hábitos, tecnologias, mais isso, mais
aquilo...
Por aqui, na ausência de vocês, muitos
chegaram e os amei como filhos, mas um coração de mãe, que abraça a todos, não
esquece nenhum dos que se foram, e nas horas de celebração, almoço à mesa, o
parabéns, os desfiles, os festivais... aí é que a saudade aperta... Essa
saudade, bem sei, é mútua, implacável, silenciosa e de esperançar. De vê-los
voltarem ao seio materno, à casa iluminada como em dias de festa, a melhor
música, a mesa posta, a conversa animada. Eu estarei por aqui sempre à espera,
de braços abertos, com uma saudade que não cabe no peito e que se renova a cada
aniversário...
Dedicado aos filhos de Cruzeiro do Sul
dispersos pelo mundo afora, aos que venceram na vida (e aos que ainda buscam),
que não esquecem as raízes.
Texto de Franciney Rocha
Com o coração de mãe que não descansa, mesmo no calor das festas por mais um aniversário, quando todos se curvam a minha história de 117 anos, não posso esquecer meus filhos que estão dispersos pelo mundo afora. Sei que o imperioso do destino, na luta por vencer na vida, de buscar novos rumos, apartou-os fisicamente de mim, apartou-nos de um abraço, de um banho de igarapé, uma visita ao mercado, à Catedral...
Sei que as dificuldades aqui vivenciadas os fez melhores profissionais, exemplos de caráter, carimbo de resiliência que só os filhos de Cruzeiro do Sul trazem tatuados na memória. De quando vocês partiram muita coisa mudou, novos hábitos, tecnologias, mais isso, mais aquilo...
Por aqui, na ausência de vocês, muitos chegaram e os amei como filhos, mas um coração de mãe, que abraça a todos, não esquece nenhum dos que se foram, e nas horas de celebração, almoço à mesa, o parabéns, os desfiles, os festivais... aí é que a saudade aperta... Essa saudade, bem sei, é mútua, implacável, silenciosa e de esperançar. De vê-los voltarem ao seio materno, à casa iluminada como em dias de festa, a melhor música, a mesa posta, a conversa animada. Eu estarei por aqui sempre à espera, de braços abertos, com uma saudade que não cabe no peito e que se renova a cada aniversário...
Dedicado aos filhos de Cruzeiro do Sul dispersos pelo mundo afora, aos que venceram na vida (e aos que ainda buscam), que não esquecem as raízes.
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