O presidente Bolsonaro tenta conflagrar o país — em
vez de procurar governar de forma democrática, respeitando os demais poderes —,
com as suas constantes ameaças verbais.
É muita inverdade proclamar que forças contrárias não
deixam o presidente governar o Brasil.
Trata-se de falácia deslavada de um presidente, que
tem se mostrado prepotente, de viés antidemocrático e tirânico, que deseja
conduzir o país ao seu modo ditatorial, sem respeitar ninguém.
Imagine-se o tamanho da catástrofe, caso o presidente
Bolsonaro conseguisse impor a sua orientação irresponsável na condução do
combate ao coronavírus, recomendando cloroquina, ivermectina e outras sandices,
como não uso de máscara, liberdade de aglomeração, abertura normal do comércio
e de outras atividades. Hoje, teríamos, decerto, mais de 600 mil pessoas
mortas, vitimadas pela pandemia.
O presidente Bolsonaro, pelo seu passado de vida
militar, não nega o seu comportamento arbitrário. Esquece que estamos numa
democracia pacífica e civilizada, em que as regras jurídicas, democráticas e
civilizatórias precisam ser obedecidas. E isso incomoda aquele que pensa que
pode tudo, mas é barrado pelos mecanismos constitucionais e democráticos.
O presidente Bolsonaro nega que esteja planejando dar
um golpe de Estado no país. “Estão dizendo que quero dar um golpe. São idiotas.
Já sou presidente”, declarou a apoiadores aglomerados sem máscaras, em frente
ao Palácio do Planalto.
Mas não lhe falta ambição de se perpetuar no poder,
pois para quem pretendia mudar a bula da cloroquina, bem como o sistema do voto
eletrônico, é porque se considera um todo-poderoso delirando viver em estado de
anomia.
Em diversas ocasiões o presidente disse que as
eleições de 2022 poderiam não ocorrer sem a adoção do voto impresso, cuja
proposta do governo foi derrotada na Câmara dos Deputados. Além do presidente,
o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, fez ameaças ao presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), através de um interlocutor, como revelou o
Estadão/Broadcast Político.
O presidente Bolsonaro está pressentindo a sua
derrocada em 2022, por seus inúmeros erros de política
governamental. E o crescimento nas pesquisas do ex-presidente Lula,
que o próprio Bolsonaro contribuiu para ressuscitá-lo, tem mexido com os nervos
do presidente.
Ninguém está impedindo o presidente de trabalhar. É o
próprio presidente que se envolve em picuinhas política, se esquece de suas
obrigações e parte para o confronto.
Inexistem interferências de outros entes federativos
no governo, a despeito de o presidente observar que a atuação de ministros do
STF/TSE colide com os interesses do presidente da República.
E vejam a deselegância do presidente ao indiretamente
criticar a atuação dos ministros do STF e TSE: “Não pode um ou dois caras
estragar a democracia no Brasil. Começaram a prender na base do canetaço,
bloquear redes sociais. Agora, o câncer já foi para o TSE. Temos que colocar um
ponto final nisso”.
Aqueles que não sabem conviver pacificamente com os
reveses da democracia deveriam pegar o boné e ir embora.
O presidente Bolsonaro tenta conflagrar o país — em vez de procurar governar de forma democrática, respeitando os demais poderes —, com as suas constantes ameaças verbais.
É muita inverdade proclamar que forças contrárias não deixam o presidente governar o Brasil.
Trata-se de falácia deslavada de um presidente, que tem se mostrado prepotente, de viés antidemocrático e tirânico, que deseja conduzir o país ao seu modo ditatorial, sem respeitar ninguém.
Imagine-se o tamanho da catástrofe, caso o presidente Bolsonaro conseguisse impor a sua orientação irresponsável na condução do combate ao coronavírus, recomendando cloroquina, ivermectina e outras sandices, como não uso de máscara, liberdade de aglomeração, abertura normal do comércio e de outras atividades. Hoje, teríamos, decerto, mais de 600 mil pessoas mortas, vitimadas pela pandemia.
O presidente Bolsonaro, pelo seu passado de vida militar, não nega o seu comportamento arbitrário. Esquece que estamos numa democracia pacífica e civilizada, em que as regras jurídicas, democráticas e civilizatórias precisam ser obedecidas. E isso incomoda aquele que pensa que pode tudo, mas é barrado pelos mecanismos constitucionais e democráticos.
O presidente Bolsonaro nega que esteja planejando dar um golpe de Estado no país. “Estão dizendo que quero dar um golpe. São idiotas. Já sou presidente”, declarou a apoiadores aglomerados sem máscaras, em frente ao Palácio do Planalto.
Mas não lhe falta ambição de se perpetuar no poder, pois para quem pretendia mudar a bula da cloroquina, bem como o sistema do voto eletrônico, é porque se considera um todo-poderoso delirando viver em estado de anomia.
Em diversas ocasiões o presidente disse que as eleições de 2022 poderiam não ocorrer sem a adoção do voto impresso, cuja proposta do governo foi derrotada na Câmara dos Deputados. Além do presidente, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, fez ameaças ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), através de um interlocutor, como revelou o Estadão/Broadcast Político.
O presidente Bolsonaro está pressentindo a sua derrocada em 2022, por seus inúmeros erros de política governamental. E o crescimento nas pesquisas do ex-presidente Lula, que o próprio Bolsonaro contribuiu para ressuscitá-lo, tem mexido com os nervos do presidente.
Ninguém está impedindo o presidente de trabalhar. É o próprio presidente que se envolve em picuinhas política, se esquece de suas obrigações e parte para o confronto.
Inexistem interferências de outros entes federativos no governo, a despeito de o presidente observar que a atuação de ministros do STF/TSE colide com os interesses do presidente da República.
E vejam a deselegância do presidente ao indiretamente criticar a atuação dos ministros do STF e TSE: “Não pode um ou dois caras estragar a democracia no Brasil. Começaram a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. Agora, o câncer já foi para o TSE. Temos que colocar um ponto final nisso”.
Aqueles que não sabem conviver pacificamente com os reveses da democracia deveriam pegar o boné e ir embora.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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