Por:
Enarde Fernandes – ASCOM/SINTESAC
Nesta
quarta-feira, 14, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do
Esta-do do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, o vice-presidente do mesmo
sindicato, Jean Lú-nier e a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado
do Acre (SEEAC), Iunaira Gomes reuniram-se com os trabalhadores da Maternidade
Bárbara Heliodora com objetivo de ouvi-los e conhecer as principais
necessidades desses profissionais.
Durante
a reunião algumas enfermeiras obstetras denunciaram aos sindicalistas que
existe um grande déficit de pessoal na unidade e que o cargo de obstetra não é
reco-nhecido pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). E nenhum dos
profissi-onais dessa área possuem algum tipo de reconhecimento financeiro pelo
exercício, mas para exercer a função é obrigatório e inclusive exigido pelo
Ministério da Saúde a especialização na área, outorgando o título de
Especialista em Enfermagem Obstétri-ca.
Segundo
a enfermeira obstetra, Zilomar Paiva, o setor possui uma grande rotativida-de,
realizam em média 14 partos ao dia, e são apenas dois enfermeiros obstetras em
cada turno (manhã, tarde e noite) para atender toda essa demanda. E como
conse-quência desse déficit, alguns servidores chegam a tirar plantões de até
36 horas na sala de parto, o que leva à exaustão desses profissionais.
O
vice-presidente do Sintesac, Jean Lúnier disse que esses profissionais devem
ser re-conhecidos e valorizados quanto antes pela Sesacre e que os sindicatos
estão negoci-ando com o governo para que esta função seja inserida no Plano de
Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da saúde.
“A
nossa reivindicação é que elas sejam contempladas, porque o Ministério da Saúde
preconiza que elas sejam especialistas [...]. As obstetras precisam de
respeito, preci-sam ser reconhecidas, até porque elas se capacitaram,
estudaram, e nada mais justo do que receber uma valorização por isso”,
enfatizou a presidente do SEEAC, Iunaira Gomes.
Sobre
esse profissional
Um
enfermeiro obstetra tem a formação completa necessária para atender a gestante
de baixo risco ou risco habitual. O profissional que se especializa nessa área
aprende a analisar e identificar situações que podem interferir na vida da mãe
e da criança.
Este
profissional tem a função de examinar a gestante, verificar as contrações e
de-mais alterações do organismo da mulher durante o parto. O profissional
presta assis-tência à equipe médica, podendo participar dos partos de forma
ativa. Durante o pós-parto, o enfermeiro é responsável por auxiliar a mãe nos
cuidados que devem ser to-mados para que seu corpo volte às condições normais.
Além de orientar a mulher nos cuidados com o recém-nascido.
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