PF abre inquérito para investigar emendas de comissão suspensas por Flavio Dino

O governo só poderá executar as emendas de 2025 após a conclusão de todas as medidas já determinadas pelo STF
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Atendendo a uma determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar a liberação do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares de comissão.


O inquérito vem no bojo da decisão que suspendeu o pagamento dessas emendas, a pedido do PSol, que apontou irregularidades na destinação dos recursos. Além disso, não haveria transparência no que diz respeito a quem são os “padrinhos”, ou seja, quem indicou as emendas.


As emendas de comissão são recursos destinados pelos colegiados temáticos da Câmara  e do Senado. Essa modalidade não é impositiva. Por isso, ela pode ou não ser convertida em pontos da Lei Orçamentária Anual (LOA).


Na decisão, Dino cita o ofício enviado por 17 líderes partidários ao governo federal solicitando a liberação do pagamento de mais de 5 mil emendas de comissão, sem identificação dos autores. Ele ressaltou que a liberação do valor acontece em meio à discussão sobre corte de gastos e destaca que a decisão “não é compatível com a ordem constitucional”.


Ainda segundo a decisão, o governo só poderá executar as emendas de 2025 após a conclusão de todas as medidas já determinadas pelo STF para corrigir as questões de transparência e rastreabilidade do instrumento.


O ministro Flávio Dino também determinou à Advocacia-Geral da União que informe, no prazo de 10 dias úteis, o montante empenhado e pago, por modalidade de emenda e por órgão, entre os meses de agosto e dezembro; os nomes e CPFs dos responsáveis pelo pagamento dos valores; e os ofícios e as atas recebidos pelo governo referentes às emendas de bancada, de comissão e de relator.

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