A
deputada Socorro Neri (PP), juntamente com a vice-governadora Mailza Assis,
esteve nesta quarta-feira (8) no Ministério do Desenvolvimento, Assistência
Social, Família e Combate à Fome. Em pauta, a potencial crise migratória no
Acre. Neri informou à chefe do Comitê Federal de Acolhimento e Interiorização,
Niasareth Lima, acerca da recente posição política do Governo do Peru que
determinou que estrangeiros residentes em seu território sem a
documentação necessária terão até o dia 10 novembro para regularizarem sua situação, sob pena de
expulsão sumária do país.
Para a deputada, a determinação peruana ,
“pode se desdobrar numa iminente crise migratória na fronteira brasileira ,
sobretudo em direção aos municípios acreanos de Assis Brasil, Brasiléia e
Epitaciolândia”. Segundo dados oficiais ,a comunidade migrante de venezuelanos
é a maior no Peru, com cerca de 1,3 milhão de pessoas. O próprio Ministério
reconhece que os abrigos existentes nas fronteiras já estão sobrecarregados, e
a situação tende a piorar com o endurecimento das políticas migratórias pelo
Peru.
Na
reunião desta quarta-feira, a parlamentar acreana foi ainda acompanhar as
providências acerca do ofício elaborado pela Secretaria Municipal de Cidadania
e Ação Social de Epitaciolândia, endereçado ao ministro Welington Dias,
solicitando o cofinanciamento para Casa de acolhimento temporário para 400
pessoas ,em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratórios. A
propósito,a própria deputada Socorro Neri elaborou requerimento solicitando a
realização de reunião na cidade de Rio Branco/Ac para discutir a situação dos
imigrantes que adentram o Estado através da fronteira com o Peru.
Tramitação
Por
seu lado, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome informou que já tramita na pasta portaria para a devida
assinatura ministerial assegurando recursos para a questão migratória no Acre.
Para a deputada, a questão migratória é emergencial e, portanto, merece tratamento prioritário
por sua natureza não apenas assistencial , mas sobretudo (e essencialmente)
humanitária.
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