Em visita à Fundhacre, nesta segunda-feira, 21, a deputada
federal Perpétua Almeida (PCdoB), juntamente com Alesta Amâncio, presidente do
Sindicato da Enfermagem, Técnicos e Auxiliares do Acre, orientaram sobre a
mobilização nacional para garantir a aprovação do PL 2564/20, que institui o
piso salarial da enfermagem.
O Senado já aprovou o piso de R$4.750,00 para os enfermeiros,
R$3.325,00 para os técnicos de enfermagem e R$2.375,00 para os auxiliares de
enfermagem e parteiras. Porém, ao invés do projeto ir diretamente para votação
no plenário da Câmara, o que é o normal, ele foi para um Grupo de Trabalho (GT)
onde então sendo ouvidos em audiências públicas empresas e instituições de
saúde e ainda os representantes dos trabalhadores. Depois o PL ainda vai tramitar
pelas comissões da Câmara: Saúde, CCJ e outras.
“Esse caminho escolhido pelos líderes que apoiam o governo
Bolsonaro, tende a demorar muito mais. Essa demora atende as pressões do
governo Bolsonaro, empresários da Saúde, governadores e prefeitos que não
querem pagar um piso salarial justo pra a categoria da enfermagem”, disse.
Alesta Amâncio também falou um pouco da sua indignação com a
demora. “É muito humilhante para nós, trabalhadores que tanto nos dedicamos a
salvar vidas, especialmente nesta pandemia, não recebermos um salário decente”.
Segundo Perpétua, o governador Gladson Cameli não está
cumprindo com compromissos com o Plano de Carreiras e Salários.
“Fiz questão de ir onde eles estão, conhecer as condições de
trabalho desses profissionais porque quando a gente vê de perto, a nossa
percepção é outra, a nossa defesa fica mais forte e mais engajada. E o que eu
pude ver é que os trabalhadores que cuidam dos doentes, estão precisando de
cuidados. O governo Gladson descumpre compromissos com o Plano de Carreiras e
Salários, quando não manda pra votação na ALEAC e paga apenas R$76,00 por um
plantão extra”.
Além disso, os profissionais alegam estarem sobrecarregados
porque são poucos os que querem fazer plantão extra por R$ 76,00. “Imagine que
uma diarista não custa menos de R$ 120. E eu não estou desmerecendo o trabalho
dela, mas sim mostrando como é baixo o valor que os enfermeiros receberam para
cuidar de vidas”.
Outras reclamações dos profissionais da enfermagem diz
respeito a falta de assistência a saúde dos trabalhadores por parte do governo.
A unidade conta com o Núcleo de Atenção a Saúde do Trabalhador e Trabalhadora
(NASTT), porém, o horário de atendimento é restrito e não compatível com a
realidade de trabalho dos servidores.
Assessoria