Mara Rocha faz pronunciamento contra o ativismo judicial do STF

 


No começo da tarde da quinta-feira (18/11), a Deputada Federal Mara Rocha fez um forte discurso contra o ativismo judicial do STF.

Tomando por base uma declaração do Ministro Dias Toffoli que, em Seminário ocorrido em Lisboa, afirmou que no Brasil se vive o semipresidencialismo e que o STF exerceria o Poder Moderador , a deputada acreana lembrou que a Constituição Federal não prevê essa possibilidade: “o instituto do Poder Moderador no Brasil foi abolido em 1889, na Proclamação da República, quando a Constituição de 1824, que trazia esse conceito, foi revogada.  O Poder Moderador foi idealizado pelo francês Benjamin Constant e pressupõe um Poder que se sobrepõe a todos os outros poderes”.

“O STF está agindo como um Poder Tirânico e Supremo, apesar de não ter recebido qualquer voto para isso. É um tribunal que interfere em todos os assuntos. Temos visto um parlamentar eleito ser preso e proibido de dar entrevistas ou de interagir em redes sociais por capricho de um Ministro, que é Juiz e parte no processo. Vemos interferências do STF em decisões legislativas, como foi o caso de Rondônia, em que sua Assembleia Legislativa aprovou projeto contra linguagem neutra que foi derrubado pelo STF. Os Ministros passaram por cima dos representantes eleitos pelo povo de Rondônia, e ninguém protesta contra isso”, afirmou a parlamentar.

A deputada enfatizou a inconstitucionalidade na fala do Ministro: “A verdade é que o Ministro Dias Toffoli cometeu um sincericídio, deixando às claras o que já percebíamos: O STF se arvorou da condição de tutor da Nação. Lá se define se algo é, ou não, uma Fake News; lá se prende quem incomoda qualquer Ministro; lá se obriga os adversários ao “silêncio obsequioso”, proibindo entrevistas ou postagens; lá se cassa mandatos parlamentares, jogando no lixo a escolha dos eleitores”.

“O STF precisa voltar ao seu importante papel, de Guardião da Constituição, e se despir das roupas do tirano. Ele não é a autoridade suprema sobre todos e sobre o Brasil. A Democracia Representativa, prevista já no primeiro artigo da nossa Carta Magna, precisa ser respeitada e cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, sair desse processo de omissão e buscar meios de frear as tendências tirânicas do Tribunal, fazendo valer o desenho de poderes previsto na Constituição: Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si”, finalizou Mara Rocha.


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