Jorge Viana faz pré-campanha para o senado, onde não tem
adversário. Mas, por onde passa, o pedido, e o desejo da maioria, é que ele
encare a disputa para o governo.
Em que pese o fato da sua rejeição pessoal - in natura - não
ser maior que as dos demais oponentes até então postos, contra Jorge Viana,
para a segunda tese (governo), pesa forte a rejeição conjuntural do
lulopetismo, ainda muito latente e áspera no Acre.
A rejeição que recai sobre Jorge por obra do lulopetismo, é
bom que se diga, não tem forças para comprometer um eventual retorno deste ao
senado. No entanto, para o governo, tal rejeição tem potência de sobra para lhe
retirar as chances de cravar a maioria dos votos, e até mesmo para impedi-lo de
alcançar o percentual mínimo que o garantiria no segundo turno.
Jorge Viana, ao governo, terá que ter muita habilidade e
também um pouco de sorte. Habilidade para se jogar no segundo turno -
despetizando e deslulificando na medida certa em meio à carnificina do primeiro
turno - e sorte, caso avance, de encarar a segunda volta com Lula já eleito no
primeiro turno, momento em que poderá explorar as vantagens do alinhamento (que
já deu certo no passado) com o governo federal, diante de Lula já eleito para o
Palácio do Planalto, tese fortemente confirmada historicamente pelos acreanos e
uma verdadeira maravilha para quem costuma ter a sorte de contar com ela. O
Acre sempre vota alinhado com Brasília.
Quanto a Gladson Cameli, este terá de enfrentar o pleito
tendo à disposição - e trazendo consigo - aliados que estarão presentes com o
mesmo nível de lealdade que se constata no seio do seu frágil governo. Ou seja:
com quase nenhuma disposição de seguirem com ele até as últimas consequências,
vide caso do MDB e até mesmo do seu partido, o PP, e em nada diferente em
relação àsdemais agremiações, que, em
qualquer cenário, de cara, já entrarão divididos em patamares bem próximos de
meio a meio, seja para "botar para moer", seja para "mim dê que
eu quero".
De outra banda, como a incompetência e a inoperância do
governador Gladson Cameli fatalmente serão os principais motes da disputa ao
governo, não vejo espaço, por absoluta incompatibilidade de perfil pessoal em
sentido contrário, para que Petecão construa qualquer alavanca de salvação em
meio à opinião pública, cansada de tanta incapacidade administrativa nesse
campo. Um pelo outro o "noves fora" é zero. Seria até surreal um
eventual debate polarizado Gladson versus Petecão. Seria sofrível, para dizer
apenas o mínimo. É óbvio que os acreanos irão querer mais. Ou não?
No mais, não se ganha uma eleição ao Palácio Rio Branco
simplesmente "botando para moer" as esperanças, o desalento e as
perspectivas do povo acreano. E muito menos quando se sabe o tamanho da
qualidade administrativa do produto da tal moenda instalada na "Chácara
Boi Cagão" e na despudorada "Casa Amarela", como é o caso do
prefeito Tião Bocalom, genuinamente "MADE INPetecão", e hoje grave peso para quem
ousar subir nos seus cansados ombros na esperança de catar grandes volumes de
votos no maior colégio eleitoral do estado em 2022.
E é exatamente em meio a este espatifado de oportunidades e
riscos que Jorge Viana deverá ir se jogando. Riscos entre o certo (senado) e o
duvidoso (governo) sempre existirão muitos.
E aí, vai encarar, Jorge Viana?
Se vai encarar ou não só o tempo e a conjuntura irão dizer.
Mas o fato é que se optar pelo senado ofertará ao Acre a frustração de ser
eleito senador com o povo desejando e dizendo nas ruas que ele deveria está
disputando o governo.
E pq? Pq ao governo o mesmo povo estará assistindo,
simultaneamente, Gladson e Petecão ofertando aos acreanos o mais frágil, fraco
e patético debate sucessórioda história
acreana. E o pior: conduzindo o Acre para um pouco mais do mesmo.
Por Edinei Muniz
Jorge Viana faz pré-campanha para o senado, onde não tem adversário. Mas, por onde passa, o pedido, e o desejo da maioria, é que ele encare a disputa para o governo.
Em que pese o fato da sua rejeição pessoal - in natura - não ser maior que as dos demais oponentes até então postos, contra Jorge Viana, para a segunda tese (governo), pesa forte a rejeição conjuntural do lulopetismo, ainda muito latente e áspera no Acre.
A rejeição que recai sobre Jorge por obra do lulopetismo, é bom que se diga, não tem forças para comprometer um eventual retorno deste ao senado. No entanto, para o governo, tal rejeição tem potência de sobra para lhe retirar as chances de cravar a maioria dos votos, e até mesmo para impedi-lo de alcançar o percentual mínimo que o garantiria no segundo turno.
Jorge Viana, ao governo, terá que ter muita habilidade e também um pouco de sorte. Habilidade para se jogar no segundo turno - despetizando e deslulificando na medida certa em meio à carnificina do primeiro turno - e sorte, caso avance, de encarar a segunda volta com Lula já eleito no primeiro turno, momento em que poderá explorar as vantagens do alinhamento (que já deu certo no passado) com o governo federal, diante de Lula já eleito para o Palácio do Planalto, tese fortemente confirmada historicamente pelos acreanos e uma verdadeira maravilha para quem costuma ter a sorte de contar com ela. O Acre sempre vota alinhado com Brasília.
Quanto a Gladson Cameli, este terá de enfrentar o pleito tendo à disposição - e trazendo consigo - aliados que estarão presentes com o mesmo nível de lealdade que se constata no seio do seu frágil governo. Ou seja: com quase nenhuma disposição de seguirem com ele até as últimas consequências, vide caso do MDB e até mesmo do seu partido, o PP, e em nada diferente em relação às demais agremiações, que, em qualquer cenário, de cara, já entrarão divididos em patamares bem próximos de meio a meio, seja para "botar para moer", seja para "mim dê que eu quero".
De outra banda, como a incompetência e a inoperância do governador Gladson Cameli fatalmente serão os principais motes da disputa ao governo, não vejo espaço, por absoluta incompatibilidade de perfil pessoal em sentido contrário, para que Petecão construa qualquer alavanca de salvação em meio à opinião pública, cansada de tanta incapacidade administrativa nesse campo. Um pelo outro o "noves fora" é zero. Seria até surreal um eventual debate polarizado Gladson versus Petecão. Seria sofrível, para dizer apenas o mínimo. É óbvio que os acreanos irão querer mais. Ou não?
No mais, não se ganha uma eleição ao Palácio Rio Branco simplesmente "botando para moer" as esperanças, o desalento e as perspectivas do povo acreano. E muito menos quando se sabe o tamanho da qualidade administrativa do produto da tal moenda instalada na "Chácara Boi Cagão" e na despudorada "Casa Amarela", como é o caso do prefeito Tião Bocalom, genuinamente "MADE IN Petecão", e hoje grave peso para quem ousar subir nos seus cansados ombros na esperança de catar grandes volumes de votos no maior colégio eleitoral do estado em 2022.
E é exatamente em meio a este espatifado de oportunidades e riscos que Jorge Viana deverá ir se jogando. Riscos entre o certo (senado) e o duvidoso (governo) sempre existirão muitos.
E aí, vai encarar, Jorge Viana?
Se vai encarar ou não só o tempo e a conjuntura irão dizer. Mas o fato é que se optar pelo senado ofertará ao Acre a frustração de ser eleito senador com o povo desejando e dizendo nas ruas que ele deveria está disputando o governo.
E pq? Pq ao governo o mesmo povo estará assistindo, simultaneamente, Gladson e Petecão ofertando aos acreanos o mais frágil, fraco e patético debate sucessório da história acreana. E o pior: conduzindo o Acre para um pouco mais do mesmo.
Vai, Jorge!
Edinei Muniz
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