O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira 30, formalizou as mudanças anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, em seis ministérios. Foram publicadas as trocas nas pastas da Defesa, Casa Civil, Advocacia-Geral da União, Justiça, Secretaria de Governo e Relações Exteriores.
As mudanças vêm depois de o chanceler Ernesto Araújo virar alvo de pressões, dentro e fora do Governo, pelo desempenho ruim à frente da política externa. A vaga no Itamaraty será ocupada pelo embaixador Carlos Alberto Franco França, que estava na chefia da assessoria especial da Presidência.
O general Fernando Azevedo e Silva também anunciou sua saída do Ministério da Defesa. A pasta agora será chefiada pelo general Walter Braga Netto, antes chefe da Casa Civil, que passará a ser comandada por Luiz Eduardo Ramos, que sai da Secretaria de Governo.
Para o lugar de Ramos, que vinha sendo o principal articulador do Planalto com o Congresso, entrou a deputada Flávia Arruda (PL-DF), reforçando a participação do Centrão no governo.
O então advogado-geral da União, José Levi, também pediu exoneração e a AGU voltará a ser chefiada por André Mendonça, que havia assumido a Justiça e Segurança Pública após a saída do ex-juiz Sérgio Moro. Levi deixa o cargo depois de se recusar a assinar a ação apresentada pelo presidente Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal para derrubar decretos editados pelos governos do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul sobre "toque de recolher" para conter a disseminação de covid-19.
Com o retorno de Mendonça para a AGU, a pasta da Justiça será liderada pelo delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres, que ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Veja aqui os novos ministros das seis pastas:
- Relações Exteriores: Carlos Alberto
Franco França;
- Defesa: Walter Braga Netto;
- Casa Civil: Luiz Eduardo Ramos;
- Secretaria de Governo: Flávia
Arruda;
- Advocacia-Geral da União: André
Mendonça;
- Justiça e Segurança Pública: Anderson
Torres.