Cássio
Rizzonuto
O
Brasil é país de maioria analfabeta, onde poucos sabem ler, menos ainda
escrever, e reduzida quantidade consegue formular proposta positiva com vistas
ao desenvolvimento e bem-estar de seu povo. A herança portuguesa nos deixou
triste legado, embora neste nosso mundo quase nada se salve.
Quem
tiver dúvida a respeito do analfabetismo reinante que leia comentários postados
nos rodapés de matérias dos blogs, opiniões sem lé nem cré, eivadas de
agressões chulas que pretendem impor “verdades” na base da intimidação. O
brasileiro comum tem laivos de genialidade, mas não estuda. A maioria se perde
na vulgaridade.
País
com tal procedimento não terá como evitar o caos que se aproxima, na desordem
presenciada. Em boa parte das capitais brasileiras, gangues estão causando
enorme prejuízo sem que se tomem medidas exigidas: elas cortam fios de telefone
e da internet (em alguns casos, de eletricidade, também), vendidos no peso a
receptores.
Em
Recife, o cenário é bem grave: bairros inteiros sofrem sem energia elétrica,
internet e telefone fixo, devido ao roubo de fios. O impressionante é não se
perceber que tudo isso se deve ao fato de nenhum infrator cumprir pena. Não há
punição para bandidos, pois todos são “coitadinhos”. A postura está desmontando
o que nos resta.
Agora
mesmo, o STF – Supremo Tribunal Federal -, com a relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski, concedeu, à defesa do ex-presidente Lula, acesso a provas da
Operação Spoofing, ensaio para reverter condenações na Lava-Jato. Como é que o
STF age assim, para defender reconhecido ladrão, deixando claro que o crime
compensa?
A
mais alta corte do país atua para anular provas de condenações, referendadas
por todas as instâncias, desmoralizando a própria Justiça e transformando a
questão em galhofa. Isso, num país onde desembargadores de inúmeros estados são
flagrados, aos magotes, vendendo sentenças à luz do dia e livres de qualquer
punição!
O
STF, que tem trabalhado contra o Brasil, precisa acordar. E constatar que a
população não deseja mais o retorno à situação de antes. Não quer empresas
estatais sendo saqueadas abertamente, desvalorizadas e destruídas. Basta
recordar o ponto de declínio a que chegou a Petrobras na gestão Dilma Roussef
(PT).
E
nuvens escuras estão se formando no horizonte. Enquanto acusam o presidente
Bolsonaro do que não é e de fazer o que não faz, a Rede dos Estados Unidos para
Democracia no Brasil entregou dossiê de 31 páginas ao presidente Joe Biden,
“pedindo a suspensão de acordos comerciais e políticos com o governo Jair
Bolsonaro”.
Os
envolvidos nessa tramoia querem uma “CPI da Amazônia” no Congresso dos Estados
Unidos. Isso seria nítida violação à soberania nacional. E por que se chega a
proposta como tal? Por que não fazem CPI sobre a Rússia e Israel, por exemplo,
a fim de imporem suas vontades? Isso traz à lembrança um ex-deputado brasileiro
já falecido.
Quando
em 15 de julho de 1978, em palestra no Congresso Mineiro de Municípios, o então
candidato à Presidência, Enéas Carneiro, defendeu a construção da bomba
atômica, houve quem o chamasse de louco e inconsequente. Mas ele estava
certíssimo. Vivemos num mundo de predadores onde somente a força é reconhecida.
Dezenas
de países possuem a bomba atômica. Os que a possuem encontram-se no topo e não
são ameaçados. Enéas dizia que o fato de possuir a bomba seria suficiente para
barrar possível ameaça de invasão. O Brasil não tem nada: as próprias forças
armadas estão sucateadas. Se os EUA invadirem a Amazônia, quem irá defendê-la?
Grave
questão, formulada onde a maioria dos “administradores” é reconhecida pela
roubalheira sem cessar. Irão defendê-la, talvez, analfabetos que intimidam os
de posições contrárias às suas, com colocações grosseiras e gracejos vis
colocados em textos ilegíveis de quase impossível compreensão. Sem estudar nem pensar.