Foto: Sérgio Lima/Poder 360
O
presidente Jair Bolsonaro recebeu
nesta quarta-feira 3, os novos presidentes da Câmara e do Senado –Arthur Lira (PP-AL)
e Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
respectivamente– para tentar acertar uma agenda comum entre o Executivo e
Legislativo.
Trata-se do primeiro encontro depois da eleição de
Lira e Pacheco, que o governo espera que apoiem as políticas do Planalto.
Além
do encontro com Bolsonaro, Lira e Pacheco acertam uma breve reunião de trabalho
com o ministro Paulo Guedes (Economia). Espera-se que as pautas defendidas por
ele avancem no Congresso neste ano. É o que a equipe chama internamente
de “limpar a pauta”.
Segundo o governo, Lira e Pacheco devem assumir a
frente nos anúncios de medidas anticíclicas. O Executivo pretende conseguir que
ambos se comprometam a respeitar o teto de gastos. Quer também acordos em
relação à ajuda aos mais necessitados e a aprovação imediata de medidas para
sinalizar ao mercado que o clima mudou efetivamente.
Já
a reedição do auxílio emergencial não deve acontecer imediatamente, pois seria
necessário apontar de onde viriam os recursos. Mas Lira e Pacheco poderão,
depois de se acertarem com Bolsonaro e Guedes, anunciar o “saco de
bondades”, expressão que tem sido usada pelo ministro da Economia.
Uma das medidas desse pacote é a antecipação do 13º
dos aposentados. Pode ser pago em duas parcelas a todos os beneficiários,
em fevereiro e março. Como se trata de recursos já incluídos no Orçamento, não
haveria quebra do teto de gastos.
Outra providência é antecipar o abono
salarial, um benefício no valor máximo de 1 salário mínimo pago
anualmente a trabalhadores de empresas públicas e privadas cuja remuneração
média tenha sido de até 2 salários mínimos nos últimos 12 meses.
No Congresso, a pauta sugerida pela equipe econômica
está pronta. São 20 pendências, para “limpar a pauta”. São 9
projetos aguardando a análise da Câmara, 9 no Senado e duas análises de vetos
(o Marco do saneamento e
a Lei de Falências).
Das 19 propostas que Paulo Guedes queria aprovar no
ano passado, só 3 passaram.
Apesar da vitória dos dois candidatos apoiados por
Bolsonaro no Legislativo, a necessidade de adotar medidas frente a um novo pico de casos e mortes de covid-19 pode
atrapalhar os planos.Fonte: Poder 360