Após o
sinal verde dado pela Anvisa e as primeiras doses aplicadas em São Paulo
se adiantar ao federal, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi pressionado
por governadores a antecipar a campanha nacional de
vacinação, antes prevista para quarta-feira, para esta segunda.
Cerca de
seis milhões de doses da CoronaVac foram distribuídas aos chefes estaduais em
evento simbólico no centro de logística do Aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo. O Ministério da Saúde divulgou a quantidade de unidades liberada
para cada estado. Em coletiva no domingo, Pazuello lembrou que as medidas
preventivas devem continuar, mesmo após a imunização.
Vacina de Oxford
Enquanto as
primeiras doses da CoronaVac já foram aplicadas em São Paulo, as 2 milhões de
unidades do imunizante de Oxford que seriam exportadas da Índia ainda não têm
data para chegar ao Brasil. Após a aprovação para uso emergencial dada pela
Anvisa, Eduardo Pazuello prometeu que as doses serão buscadas esta semana.
O país
asiático iniciou a campanha de vacinação nacional no fim de semana, o que
pode facilitar a exportação, segundo o ministro. Já em relação à produção
nacional do fármaco, o problema está na importação de insumos da China. De
acordo com o general, o país "não tem dado celeridade aos
documentos necessários."
Doses da
Coronavac
O diretor
do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que vai solicitar nesta
segunda-feira uma nova autorização de uso emergencial para quatro milhões de
doses da CoronaVac produzidas no país.
O novo
pedido é necessário porque a autorização já concedida diz respeito às cerca de
seis milhões de unidades importadas da China e que foram entregues ao
governo federal. Também nesta segunda, São Paulo, que adotou uma quarentena
mais rígida em oito regiões, inicia o plano logístico para
distribuição de doses e seringas e agulhas para a vacinação em seis
hospitais de referência. Até abril, o Butantan deve fornecer 46 milhões de
doses de seu imunizante.
Sputinik V
A Anvisa
devolveu os documentos apresentados pelo laboratório União Química,
responsável pela vacina Sputnik V, por não apresentar condições mínimas para
submissão e análise pela agência.
Por causa
disso, o Fundo Russo de Investimento Direto anunciou que em até uma semana irá
entregar todas as informações adicionais para o pedido de uso emergencial
no Brasil. Isso inclui a permissão para iniciar os ensaios clínicos de fase 3
no país.
Esse tipo de estudo é uma das exigências da Anvisa para liberar a utilização emergencial de um antígeno contra a Covid-19. Nove países já registraram o imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya. Fonte: Veja