A Prefeitura de Manaus decidiu que não vai
liberar o uso de escolas municipais para a aplicação da prova do Exame Nacional
do Ensino Médio, o Enem. O exame acontece nos dois próximos domingo, 17 e 24 de
janeiro.
Ao todo, 38 escolas
municipais da capital amazonense seriam usadas para realização do Enem, mas o
governo desistiu, dada a grave situação da covid-19 no estado. Segundo o
secretário de Educação, Pauderney Avelino, o município quer evitar aglomerações
nas escolas.
Houve um pedido para adiamento da prova, mas a
Justiça Federal em São Paulo negou a demanda para que o Enem seja aplicado em
outras datas. No entanto, a decisão permite que cada município impeça a prova
de acontecer, a depender a situação. Caso essa opção seja feita, o Inep,
responsável pelo Enem, terá de reaplicar a prova.
A prefeitura de
Manaus também pediu que o Enem seja adiado. Pauderney Avelino classificou a
aplicação da prova como uma “temeridade”. “Hoje é dia 13. A prova será daqui a
quatro dias e sabemos que a situação de Manaus em relação a pandemia não vai
acalmar até lá. Abrir as escolas para o Enem representa aglomeração na frente e
no interior delas. Enviamos as nossas razões ao Ministério Público e também sugerimos
que o Enem seja adiado”, explicou o secretário.
Na última terça-feira, 12, Manaus registrou o maior
número de enterros diários desde o início da pandemia, com 166 sepultamentos.
Entre elas, 85 foram registradas como covid-19.
A prova no Enem tem 5,8 milhões de candidatos
inscritos em todo o Brasil. Muitos alunos têm medo de fazer a prova e colocarem
em risco a si mesmos e as pessoas com quem moram.