Márcio
Accioly
Diz
velho e conhecido adágio que: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que
fura”. A expressão se materializa na presença da bancada federal de Roraima,
onde a persistência do senador Mecias de Jesus juntamente com o deputado
federal Jhonatan de Jesus, ambos do Republicanos, começa a produzir efeito
desejado.
Foi
aprovado e apresentado o Plano Básico Ambiental-Componente Indígena, traduzido
para a língua Waimiri-Atroari. O que isto significa? Que estão preenchidos os
principais requisitos necessários à interligação de Roraima ao SIN – Sistema
Interligado Nacional. E que o governo federal deverá liberar, em breve, a
licença de instalação.
Com
essa providência, Roraima verá, em prazo que se acredita curto, o início das
obras de construção do Linhão de Tucuruí, cujo maior obstáculo reside no fato
de cruzar território indígena. A falta de interligação do sistema elétrico
roraimense vem causando sérios transtornos à população, obrigada a pagar a
energia mais cara do país.
Mecias
de Jesus agiu em todas as frentes de luta exaustiva, que mais se assemelha à
batalha travada por Hércules contra a Hidra de Lerna na mitologia grega. Como
se sabe, a cada cabeça de serpente cortada pelo herói mitológico nasciam duas
novas que prontamente a substituíam.
Assim
é que, em 2019, logo depois de tomar posse, o senador apresentou o PDL-25
(Projeto de Decreto Legislativo), excluindo da área indígena o leito da BR-174,
rodovia que vem do estado do Amazonas e segue até a fronteira com a Venezuela.
A ideia seria justamente a de permitir construir o Linhão de Tucuruí.
Mas
são inúmeros e obscuros os interesses alienígenas na Região Norte do país, com
a ação de ONGs das mais diversas que juram atuar em “defesa” dos chamados
“povos da floresta”. “Defesa” que parece muito bem definida e viciada, visto
que ninguém se manifestou ainda com relação às vítimas amazonenses do Covid-19.
Qualquer
raio produzido por tempestade, causando incêndio de qualquer proporção, é visto
pelas ONGS como obra do governo federal. Fazem alarde, mobilizam forças e
reclamam a pleno pulmão. Mas, até agora, nenhuma dessas entidades se mobilizou
para enviar oxigênio ou ajuda às vítimas do Covid-19, no Amazonas.
O
que as ONGS e forças alienígenas desejam é o esvaziamento de região rica em
minérios, petróleo e diversidade monumental, abrindo espaço para trabalho
meticuloso de ocupação e domínio. O fato de Roraima estar isolado no extremo
norte do país, sem energia que propicie o seu desenvolvimento, jamais foi
motivo de preocupação.
Somente uma ação planejada, fazendo valer os interesses dos verdadeiros donos do país, os brasileiros, será capaz de reverter cenário de abjeta submissão a que muitos se sujeitaram. Neste sentido, a construção do Linhão de Tucuruí estabelece marco fundamental, mostrando novos rumos e criando nova ordem.