O MDB, maior bancada
do Senado, com 15 membros, confirmou ontem (12) o nome de Simone Tebet (MDB-MS)
como candidata da sigla à presidência da Casa. O partido decidiu entre Tebet e
Eduardo Braga (MDB-AM), líder da bancada.
“A independência no
comando do Legislativo é de fundamental importância nesse período de crise, em
que o interesse público precisa estar acima de qualquer disputa ideológica e
política na reconstrução da economia e na imunização universal e gratuita
contra a covid-19”, disse a bancada em nota.
Mais cedo, Eduardo
Braga já havia começado a avisar seus colegas de bancada
que desistiria de concorrer pelo apoio do MDB dizendo que Tebet teria mais
potencial de angariar votos fora da sigla.
Tradicionalmente, o presidente do Senado é da maior
bancada. Para que isso não ocorra, são necessárias condições muito específicas,
como as vistas na eleição de Alcolumbre, em 2019. Na ocasião, o MDB rachou em
torno de Renan Calheiros e Simone Tebet e acabou optando pelo senador alagoano.
Como a votação para presidente é secreta, entretanto,
há o risco de traições. O MDB chegou a ter 4 postulantes a candidato da sigla
e, por mais que pregue discurso de união na bancada, esse cenário pode não se
concretizar em 1º de fevereiro, data da eleição.