Apesar de todo o
desgaste com a situação de Manaus e com a vacina, o presidente Jair Bolsonaro
tem dito a interlocutores que não pretende substituir o ministro Eduardo
Pazuello nesse momento. A quem pergunta diretamente ao presidente ele diz que
informações sobre a saída de Pazuello são "fake news".
Nas últimas semanas, aumentaram muito as pressões
sobre o ministro: a capital amazonense chegou a uma situação dramática com
falta de oxigênio e necessidade de transferência de pacientes para outros
Estados, e ficaram mais evidentes as dificuldades que o País irá enfrentar para
produzir as vacinas da Oxford/AstraZeneca pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Enquanto isso, o
governador de São Paulo, João Doria, defensor da vacina desde o início da
pandemia, capitalizou neste domingo (17) a aprovação da CoronaVac e o início da
vacinação no País por São Paulo.
Bolsonaro deve fazer uma reforma ministerial após as
eleições das mesas diretoras da Câmara e Senado, em 1º e 2 de fevereiro. Na
reforma, os critérios do presidente serão não apenas a atuação do ministro na
sua área, mas também a possibilidade de se acomodar aliados do Congresso em
postos chave da Esplanada. Mas por enquanto não há sinalização de que a pasta
da Saúde irá entrar no xadrez da reforma.