A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste sábado 2, pedido feito pela Fiocruz para importar 2 milhões de doses já prontas da vacina desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford.
A solicitação foi feita em 31 de dezembro. A
autorização da Anvisa só vale para a importação das doses. A aplicação da
vacina ainda não foi autorizada.
O imunizante ainda precisa ter seu registro ou uso
emergencial aprovado pela Anvisa. Trata-se da última fase antes da aplicação da
vacina na população. A fundação Oswaldo Cruz pretende fazer esse pedido até a
próxima 4ª feira (6.jan).
Como se trata de uma
importação de vacina que ainda não foi aprovada no país, a entrada no país deve
seguir algumas condições, estabelecidas pela Anvisa.
A principal exigência
é que as vacinas importadas fiquem sob a guarda específica da Fiocruz até que a
Anvisa autorize o uso do produto no país. Para isso, a Fiocruz deve
garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade
do produto. Na solicitação recebida pela Anvisa, a indicação é que as vacinas
cheguem ao país em janeiro.
De acordo com o pedido da Fiocruz, a importação
excepcional é uma preparação para antecipar a disponibilização de vacinas a
partir do momento em que o seu produto estiver aprovado pela
Anvisa.
A autorização do pedido de importação
excepcional é semelhante a outros já analisados e autorizados pela Anvisa e
demonstra a prioridade da Agência no tratamento de todos os processos que
tratam de produtos para o enfrentamento da Covid-19.
Caso a vacina covid-19, objeto desta liberação de
importação, não seja autorizada a ser usada nos termos da autorização
emergencial ou registrada pela Anvisa ou o lote seja reprovada
por Biomanguinhos ou INCQS, a Fiocruz deve executar os procedimentos
de descarte e incineração da vacina, conforme os padrões
normativos.
Atualmente, existem quatro vacinas com pesquisa
autorizadas no país. Por meio da Submissão Contínua, a Anvisa já vem
analisando os dados enviados previamente pelos laboratórios, mas até o momento
não há pedidos de uso emergencial ou de registro no país.”
Vacinação no Brasil
Ainda não há data para início da vacinação no país. O
secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse na última 3ª feira 29, que a pasta
trabalha com 3 hipóteses de datas.
No cenário otimista, a vacinação começaria em 20 de
janeiro. No pior dos casos, a aplicação do imunizante seria iniciada somente em
uma data depois de 10 de fevereiro. No cenário intermediário, em algum momento
entre essas duas datas.